Durante toda a noite e até a manhã desta quinta-feira, o Comitê Central Eleitoral contou os últimos 265.000 votos de soldados, diplomatas, médicos e pacientes em hospitais, prisioneiros e pessoas com deficiência - 3.940 locais especiais de votação foram disponibilizados para eleitores com deficiências -, representando cerca de 6% do total de votos na eleição. Quando essa contagem terminou, a Nova Direita ainda tinha 1.380 votos a menos que o limite de 3,25% para ter representação no Knesset, segundo informaram autoridades do Comitê Central de Eleições.
Quando os votos regulares foram contados durante a noite de terça e ontem, o partido Nova Direita havia recebido apenas 3,14% dos votos, o que equivale a 4.300 votos. Em seguida, o partido depositou suas esperanças nos votos dos soldados e em outros votos extras, mas, com a apuração finalizada, o partido obteve 3,22% dos votos, 0,03% a menos do exigido. Devido a um erro no sistema de contagem, chegou a ser divulgado que a Nova Direita teria alcançado 3,26% dos votos, mas a informação acabou sendo desmentida, o que levou o partido a pedir a recontagem.
A previsão é de que amanhã sejam anunciados os resultados oficiais da eleição e de que na próxima semana Netanyahu comece a formar seu novo governo.
Ontem, Benny Gantz, adversário do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu nas eleições, reconheceu a sua derrota nas urnas. "Nós respeitamos a decisão do povo", afirmou o líder da lista centrista Azul e Branco, que esperava poder formar uma coalizão e substituir Netanyahu. Segundo os primeiros resultados da votação, Netanyahu tem o apoio de 65 deputados contra 55 de Gantz.