Nota de Esclarecimento

Por Tamara Segal

Galia Ely de Mattos é membro da Sociedade Israelita Ribeirão Preto. Ela tem dupla cidadania. É brasileira e israelense. Atualmente ela mora em Israel e tem filhos em idade escolar, assim que seu relato é reflexo de fatos reais. Conversamos muito sobre a propagação dessas fotos e a ideia errada que as pessoas tem sobre armas em Israel como por exemplo pensar que professores ministram aulas armados. Não vou usar o post para debater os prós e os contras das armas, cada um tem direito a ser a favor ou contra no exercício de sua liberdade de escolha, mas creio que como líder comunitária devo pugnar pela propagação de fatos verdadeiros.

O Estado de Israel, em agosto de 2018, Israel afrouxou as restrições às armas de fogo, permitindo que aqueles que durante o serviço militar haviam passado por treinamento de combate, incluindo treinamento de rifle de infantaria, solicitassem uma licença sendo que existe número limitado de balas por artefato e exige-se cursos e atestados de saúde mental. Estatísticas mostram que 40% dos pedidos são rejeitados.

Essas duas fotos estão circulando na internet AFIRMANDO que em Israel professores dão aula armados, "com fuzil no colo". Trata-se de uma grande calúnia! Os professores NÃO lecionam armados. Não é essa a realidade por aqui.

A realidade é a seguinte:

- o porteiro da escola tem uma arma na cintura.

- no caso de uma passeio escolar, como me parece ser o caso da foto acima, onde as crianças estão de boné, DEPENDENDO DO DESTINO, de fato há um acompanhante armado que passeia com as crianças, normalmente um pai de uma criança da turma.

- Em Israel as pessoas não ficam alarmados ao ver uma pessoa armada, faz parte da rotina e sabemos que a arma é utilizada somente para proteção e não para assaltar como infelizmente é o caso do Brasil.

- Quando se vê "jovens" (18-25 anos, NÃO adolescentes) armados são soldados que estão sem uniforme e carregam com si a arma que está sob sua responsabilidade (nesse caso trata-se de fuzil).

Na minha opinião o problema do caso dos tiroteios em escolas (Brasil e USA) não são as armas mas sim a falta de amor que a humanidade vive. Epidemia de ódio. Muito triste!