
Manifestantes vão às ruas na França em protesto contra antissemitismo.
Presidente francês, Emmanuel Macron visitou cemitério onde lápides foram pichadas com suásticas. Autoridades estão preocupadas com aumento de ataques antissemitas.
Milhares de manifestantes foram às ruas em Paris e outras cidades na França nesta terça-feira (19) para protestar contra o antissemitismo. As passeatas foram convocadas após aumento de relatos de casos do tipo – o Ministério do Interior divulgou que houve mais de 500 ataques antissemitas em 2018, aumento de 74% em relação ao ano anterior.
ambém nesta terça-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, visitou o cemitério de Quatzenheim, onde vândalos picharam suásticas em 96 túmulos (leia mais sobre o caso abaixo). Ele também visitou o Memorial do Holocausto em Paris, onde houve cerimônia em homenagem às vítimas do antissemitismo.
Mais cedo, Macron acusou "os que querem o desaparecimento de Israel" de serem os mesmos "que querem atacar os judeus". No entanto, o presidente disse ser contra tornar crime o discurso antissionista – ou seja, contrário à existência do estado israelense.
Antissemitismo na França

Além das suásticas azuis e amarelas, em um túmulo foi escrito "Esassisches Schwarzen Wolfe" ("Os Lobos Alsacianos Negros") – possível referência a um grupo autonomista alsaciano ativo nos anos 70.
Em outro caso, duas árvores que haviam sido plantadas em memória de um jovem judeu assassinado em 2006 também foram destruídas.
A França tem a maior comunidade judaica da Europa, com cerca de 550 mil pessoas.