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Candidata choca Israel ao trocar partido ultra-ortodoxo pelo Trabalhista

Candidata choca Israel ao trocar partido ultra-ortodoxo pelo TrabalhistaEm Israel, aproximam-se as primárias, e o antigo Partido Trabalhista, que vem perdendo apoio e busca maior projeção, convidou seus 44 candidatos ao Parlamento para uma troca de ideias no campus de uma universidade. Na frente de uma sala de aula, estão sentados vários candidatos de centro-esquerda: um titular há muito no cargo, um conhecido jornalista de esquerda, um líder da minoria druza e outro, que até então nunca havia sido visto neste tipo de reunião, uma mulher ultra-ortodoxa.

Michal Zernowitski cresceu em um partido religioso que não permite que as mulheres se candidatem. Os partidos políticos apoiados pela maioria dos seus vizinhos em Elad, um reduto ultra-ortodoxo, pertencem à coalizão de direita que governa o país. Michal, 38, escolheu um caminho diferente e desafiador. Michal aguarda a sua vez, sorri, levanta e faz um discurso que impressiona os presentes. A sua fala é uma crítica ao sistema de educação financiado pelo Estado, mas administrado pelos ultra-ortodoxos. Ela conta que se tornou uma pioneira por ser uma mulher ultrareligiosa que trabalha na indústria tecnológica, mas queixa-se de que os seus filhos estão parados "no mesmo lugar em que eu estava".

E critica asperamente os partidos haredi, que segundo ela, estão meio século atrasados na questão dos direitos das mulheres, dos direitos dos gays e em muitas outras questões, e o governo de direita sobre o qual estes partidos exercem enorme influência, porque, acrescenta, ele ignora os problemas que afetam as comunidades haredi por não querer se contrapor aos seus parceiros de coalizão.

E explica aos jovens que talvez nunca tenham conversado com os seus vizinhos 'de chapéu preto ou de peruca', que "uma revolução" está a caminho entre os ultra-ortodoxos: os "novos haredim", como ela os chama - gente mais jovem, mais preparada e que viaja para diversos lugares para trabalhar - têm sede de mudança. "Há um fosso enorme entre o que o establishment ultra-ortodoxo faz e o que as pessoas querem", afirma (David M. Halbfinger, NYT/O Estado de S.Paulo).
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