Sete deputados do Partido Trabalhista britânico renunciaram, denunciando um "antissemitismo institucional asqueroso" dentro do grupo.
Em coletiva de imprensa, Luciana Berger, disse estar "muito envergonhada" por ser membro do Partido Trabalhista, que qualificou de "institucionalmente antissemita" e de ter "uma cultura de intimidação". Berger tem sido alvo de ativistas antissemitas do Partido Trabalhista que a insultaram, inclusive com ameaças de morte.
Os demais membros demissionários do partido alegaram, além do antissemitismo, a posição do Partido Trabalhista com relação ao Brexit como outro motivo para deixar o grupo.
"Não foi uma decisão fácil para nenhum de nós", disse Christopher Michael Leslie, representante do grupo por Nottingham East, ao acrescentar que o partido havia sido "sequestrado pela máquina política da extrema esquerda".
Mike Gapes, parlamentar por Ilford Sul, disse: "Estou enojado porque o Partido Trabalhista é agora um partido racista e antissemita" e "furioso porque a liderança trabalhista é cúmplice nisso".
Gapes acrescentou: "Jeremy Corbyn e as pessoas que o cercam estão do lado errado em muitas questões internacionais, como as situações na Venezuela e na Síria e com relação à política (internacional) da Rússia".
Quando perguntado sobre os comentários de Berger, o líder Jeremy Corbyn, apontado como principal responsável pelo antissemitismo dentro do Partido Trabalhista, disse apenas: "Estou entristecido por Luciana Berger ter se demitido do Partido. Gostaria de agradecer a ela por sua campanha sobre saúde mental em particular". "Estou desapontado por esses deputados se sentirem incapazes de continuar trabalhando junto pelas políticas trabalhistas que inspiraram milhões nas últimas eleições e fizeram que com aumentássemos nossa votação para o maior número desde 1945", disse ele.