"Chegou a hora de corrigir a injustiça histórica dos pogroms (contra os judeus) em sete países árabes e o Irã, e indenizar centenas de milhares de judeus que perderam suas propriedades, o que é deles por direito", disse a ministra da Igualdade Social de Israel, Gila Gamliel, encarregada de coordenar a questão.
A emissora israelense de TV Hadashot informou na noite deste sábado (5) que pedidos de indenização estão sendo finalizados com relação a dois de oito países envolvidos: Tunísia, cujo pedido de indenização é de US$ 35 bilhões e Líbia (US$ 15 bilhões). Outros pedidos de indenização incluem Marrocos, Iraque, Síria, Egito, Iêmen e Irã
A organização Justiça para Judeus de Países Árabes (JJAC), grupo internacional de organizações comunitárias judaicas, calcula que cerca de 856.000 judeus de 10 países árabes - incluindo Argélia e Líbano - fugiram ou foram expulsos em 1948 e a partir desse ano, após violentos conflitos que deixaram muitos judeus mortos ou feridos.
Com a ajuda de uma empresa internacional, o governo israelense vem pesquisando, nos últimos 18 meses, os valores de propriedades e de ativos que esses judeus foram forçados a deixar para trás, segundo informou a emissora.
"Não se pode falar sobre o Oriente Médio sem levar em consideração os direitos dos judeus que foram forçados a deixar suas comunidades prósperas em meio à violência", disse Gamliel, membro do partido Likud do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. "Todos os crimes cometidos contra essas comunidades judaicas devem ser reconhecidos".
A notícia sobre os pedidos de indenizações foi divulgada em momentos em que a administração Trump se prepara para anunciar a sua tão aguardada proposta de paz para o conflito israelo-palestino. Uma lei israelense de 2010 prevê que qualquer acordo de paz deve incluir a compensação às famílias de judeus que tiveram que deixar esses países fugindo de perseguições e da violência.