Tribunal Distrital de Jerusalém rejeitou petição dos colonos que tentava assegurar a permanência no assentamento de Amona.
Policiais paramilitares de Israel expulsaram dezenas de colonos judeus do assentamento ilegal de Amona, na Cisjordânia ocupada, nesta quinta-feira (3). Houve resistência e 23 agentes ficaram feridos.
Em dezembro, os colonos haviam instalado casas pré-fabricadas em Amona, o que descreveram como um protesto contra uma disparada recente de ataques de palestinos na Cisjordânia.
A operação das forças de segurança foi realizada depois que o Tribunal Distrital de Jerusalém rejeitou na quarta-feira (2) uma petição dos colonos que tentava assegurar a permanência no local.
A polícia disse que durante a operação, que durou várias horas, ao menos 23 agentes foram feridos por pedras lançadas pelos colonos - muitos deles adolescentes - ou em confrontos. Eles foram hospitalizados.
A mídia israelense afirma que ao menos três colonos também se feriram. No mínimo, sete pessoas foram presas por agredirem os agentes, segundo a polícia.
Em 2016, colonos de Amona foram retirados pela polícia depois que a Suprema Corte considerou que o assentamento tinha sido construído ilegalmente e sem autorização do governo de Israel em terras particulares de palestinos em 1995.
A maioria dos países considera ilegais todos os assentamentos israelenses em terras ocupadas na Guerra dos Seis Dias de 1967. Israel questiona essa percepção, e na semana passada autoridades do país emitiram alvarás para mais de 2 mil casas de colonos na Cisjordânia.
Cerca de 500 mil israelenses moram na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, que também foi capturada por Israel no conflito de 1967. As duas áreas abrigam mais de 2,6 milhões de palestinos.
Embora os projetos de assentamentos de Israel sejam alvos frequentes de críticas dos palestinos e da Europa, o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, não os tem repudiado publicamente.