
Desta vez, a vítima foi a professora Elizabeth Midlarsky, de 77 anos. Com sua produção acerca do Holocausto, Elizabeth se tornou uma espécie da alvo antissemita na cidade de Nova York. A pesquisadora trabalha nas áreas de psicologia e educação no Teachers College da Columbia, em Manhattan.
A polícia está investigando o caso, mas o crime de ódio se mostra evidente. Duas suásticas foram desenhadas em seu escritório, assim como a palavra “Yid”. Esse termo indicaria que uma pessoa é “Yiddish”, de origem judaica. No entanto, é interpretado como pejorativo e ofensivo.
As suásticas simbolizam o nazismo, ideologia de extrema-direita responsável pelo genocídio de 6 milhões de judeus. Ao jornal da universidade, Elizabeth afirmou que ficou chocada ao entrar em seu escritório e se deparar com as pichações em vermelho. “Eu não puder acreditar no que estava vendo”, completou.
PASSADO PELA FRENTE
Por mais improvável que pudesse parecer, o retorno de uma onda antissemita se faz presente em Nova York. Uma sinagoga do Brooklyn foi pichada recentemente, com palavras que pediam morte aos judeus.
No mesmo dia, o Manhattan’s Upper West Side foi palco de outro crime, com a pichação de duas suásticas. Além disso, o assassinato em massa de 11 pessoas na sinagoga de Pittsburgh deixou outra marca entre os judeus americanos.
O presidente do Teachers College, Thomas Bailey, declarou em nota que todos estão horrorizados com o ato de agressão e que a instituição está trabalhando junto à polícia para identificar os culpados.
Jornalista formada pelo Mackenzie/SP, foi uma das finalistas do prêmio Jornalistas & Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade. Com interesse especial em temas sociais, direitos humanos e comportamento, também é discente do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IP/UFRJ).