
"Décadas após o Holocausto, os níveis chocantes e crescentes de antissemitismo continuam atormentando a UE", disse Michael O'Flaherty, diretor da Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA), autora da pesquisa. "De muitas maneiras o antissemitismo parece ter se tornado um problema perturbadoramente institucionalizado".
A pesquisa, realizada em 12 Estados membros da União Européia, foi a mais abrangente já realizada sobre o tema. Dos mais de 16.000 judeus que participaram da pesquisa online, 85% classificaram o antissemitismo como o maior problema social ou político do país em que vivem. Trinta e oito por cento disseram já ter considerado emigrar por não se sentirem seguros como judeus.
O Reino Unido, a Alemanha e a Suécia foram os países em que a situação do antissemitismo foi apontada como "muito grave" ou "não tão grave".
O nível mais alto registrado foi na França, com 95%. A Dinamarca teve o nível mais baixo em 56%, enquanto os judeus da Hungria disseram que o antissemitismo estava se tornando um problema menor agora.
Segundo especialistas, os resultados no Reino Unido apontam para um "fator Corbyn", ligado ao viés antissemita dentro do Partido Trabalhista britânico (Robert Philpot, Times of Israel).