Aos 94 anos, Gartner passou mal e teve uma parada cardiorrespiratória. O enterro aconteceu no Cemitério Israelita do Butantã.
“Julio Gartner era um grande exemplo de força, resiliência e superação. Sua história inspira a todos nós, a lutarmos contra o ódio e pelo respeito aos direitos humanos”, afirmou o presidente da Conib, Fernando Lottenberg.
Nascido em 1924, na Polônia, Gartner passou por cinco campos de concentração. Ele estava no gueto de Cracóvia quando este foi destruído, episódio que é mostrado no filme “A Lista de Schindler”. Sua história é contada no filme “Sobrevivi ao Holocausto”, de Caio Cobra e Marcio Pitliuk, lançado em 2014.
Em 1949 escolheu o Brasil e a cidade de São Paulo para recomeçar a vida. Aqui casou-se, teve dois filhos e quatro netos. “Ele passou momentos muito difíceis na vida, mas não sofreu para morrer. Foi rápido. Isto é o que nos consola”, disse o filho, Paulo Gartner, tesoureiro geral da Conib.