Hánuca é a celebração anual de nossa sobrevivência espiritual, apesar das inúmeras tentativas de nos destruir através da assimilação cultural.
Rabino Kalman Packouz
A primeira vela será acesa dia 2 de dezembro, domingo, logo após o pôr do sol. A cada dia acendemos uma vela a mais: na segunda-feira, 2 velas, na terça-feira, 3 velas, e assim por diante, até chegarmos a 8 velas.
Diversos leitores querem saber mais detalhes sobre o que é Hánuca e como a comemoramos. Eis uma sinopse desta tão querida festividade:
Existem duas maneiras pelas quais os nossos inimigos tentaram nos destruir durante a História. A primeira foi através da aniquilação física, sendo a última grande tentativa o Holocausto. A segunda foi através da assimilação cultural. Purim é a celebração anual de nossa sobrevivência física. Hánuca é a celebração anual de nossa sobrevivência espiritual, apesar das inúmeras tentativas de nos destruir através da assimilação cultural.
Em 167 A.E.C., o imperador greco-sírio Antióhus resolveu destruir o Judaísmo banindo três mitsvót: O Shabat, a Santificação do Novo Mês (estabelece-se o primeiro dia do mês pelo testemunho de duas pessoas que viram o nascer da lua nova) e o Brit Milá (a entrada dos meninos no Pacto de Avraham, através da circuncisão). O Shabat significa que D’us é o Criador e o Mantenedor do Universo, que Sua Torá é o ‘mapa’ da criação, contendo seus significados e valores. Santificar o Novo Mês serve para determinar a data dos Feriados Judaicos. Sem isto seria o caos. Por exemplo, Sucót cai no 15º dia de Tishrei. O dia em que isto ocorrerá depende da declaração do primeiro dia de Tishrei. O Brit Milá é o símbolo do nosso pacto especial com o Todo-Poderoso. Todos os três mantêm nossa integridade cultural e eram, portanto, uma ameaça à Cultura Grega.
Matitiáhu e seus 5 filhos, conhecidos como os Macabeus, iniciaram a revolta e, três anos depois, conseguiram expulsar os opressores de Israel. A vitória foi um milagre (proporcionalmente, seria como se Israel vencesse todas as superpotências mundiais de hoje, juntas). Tendo conseguido recuperar o controle do Templo Sagrado, em Jerusalém, desejaram colocá-lo em funcionamento imediatamente. Precisavam de azeite de oliva, ritualmente puro, para reacender a Grande Menorá do Templo. Porém, somente um frasco de azeite foi encontrado intacto, suficiente para queimar por apenas um dia, sendo que precisavam de uma quantidade que durasse oito dias, até que um novo azeite, ritualmente puro, pudesse ser produzido. Um milagre ocorreu e aquele azeite, suficiente para um só dia, ardeu por 8 dias.