O número de atos antissemitas na França subiu 69% nos primeiros nove meses de 2018, disse o primeiro-ministro francês Édouard Philippe.
“Toda agressão perpetrada contra um de nossos cidadãos porque eles são judeus é como a quebra de novos cristais”, escreveu o premiê Édouard Philippe em mensagem no Facebook, referindo-se ao evento histórico conhecido como Noite dos Cristais.
Num período de apenas dois dias, começando em 9 de novembro de 1938, mais de 250 sinagogas foram queimadas, cerca de 7.000 estabelecimentos comerciais judaicos destruídos, dezenas de judeus foram mortos, e cemitérios, hospitais, escolas e casas judias saqueados, tudo ante a total indiferença da polícia, dos bombeiros e da população da Alemanha.
O evento ficou conhecido como Kristallnacht ou “Noite dos Cristais”, devido aos vidros estilhaçados nas vitrines das lojas, sinagogas e moradias de judeus, conforme informou a The Holocaust Encyclopedia.
Depois de uma alta recorde em 2015, os atos antissemitas caíram 58% em 2016 e caíram mais 7% no ano passado.
A França tem a maior população judaica da Europa e a terceira maior população judaica do mundo.
No entanto, apesar de os judeus representarem menos de 1% da população francesa, eles foram alvos de quase 40% dos atos violentos classificados como motivados racial ou religiosamente em 2017.
E, de acordo com o premiê Phillippe, houve um aumento de 69% nos atos antissemitas nos primeiros nove meses deste ano.
Adaptado da fonte France24