A Noruega foi invadida por forças nazistas em abril de 1940 e cerca de 50 mil mulheres norueguesas tinham relações íntimas com soldados alemães.
A primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, pediu nesta quinta-feira (18) perdão a todas as norueguesas que tiveram relações íntimas com soldados alemães durante a Segunda Guerra Mundial e foram alvo de represálias depois da queda nazista.
"As autoridades norueguesas violaram a regra fundamental que nenhum cidadão pode ser punido ou condenado sem julgamento. Para muitas, isso era apenas um amor adolescente, para outras, o amor de suas vidas com um soldado inimigo ou um flerte inocente que deixou uma marca pelo resto de suas vidas", explicou Solberg.
A Noruega foi invadida por forças nazistas em abril de 1940 e acredita-se que cerca de 50 mil mulheres norueguesas tinham relações íntimas com soldados alemães, segundo dados do Centro Norueguês sobre o Holocausto e minorias religiosas.
As mulheres eram chamadas de "garotas alemãs" e mais tarde foram acusadas de trair o país. Como consequência, elas foram submetidas a detenções e prisões ilegais, demissões, a privação dos direitos civis, e até mesmo a supressão da nacionalidade norueguesa e a expulsão do país.
"Jovens e mulheres norueguesas que tiveram relações com soldados alemães ou eram suspeitas disso foram vítimas de um tratamento vergonhoso", acrescentou a premier. "Hoje, em nome do governo, quero pedir desculpas", disse Solberg durante um evento em celebração do 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU.
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