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Lech Lechá

Lech LecháNa Parashá anterior Hashem faz um pacto com Noach de que não vai mandar novamente um dilúvio para toda a humanidade. O sinal desse pacto é o Arco-íris

O motivo desse pacto ter sido necessário é para que, caso a humanidade se comporte novamente como a geração que causou o dilúvio, mesmo assim não haverá mais dilúvio, mas se não tivesse o pacto haveria novamente um dilúvio.
 

O pacto entre os animais divididos
 

Nossa Parashá nos conta que Hashem tinha prometido para Avraham que seus descendentes iriam herdar a terra aonde ele se encontrava. Hashem pede para oficializar isso por meio de um pacto

Esse pacto foi feito exatamente da mesma forma que os reis daquela época faziam acordos de cooperação militar entre duas nações, passando entre animais divididos para oficializar o acordo. E assim Hashem pede para Avraham passar entre os animais divididos e o acordo começa.

Avraham adormece profundamente e tem uma revelação profética que consiste nos detalhes desse pacto que está acontecendo

Hashem diz para Avraham que seus descendentes serão escravizados e sofrerão por quatrocentos anos em uma terra estranha. O povo que os afligirá será sentenciado e eles sairão de lá com grandes riquezas.

É revelado para  Avraham que ele vai ter o mérito de falecer em paz e cheio de satisfação, ou seja, isso não vai acontecer enquanto ele estiver vivo

Hashem revela para ele que a quarta geração dos seus descendentes voltará para a essa terra. Porque só então as transgressões dos povos dessa terra chegarão ao limite que justifique o final da permanência deles lá.

Depois que isso é revelado para Avraham, fumaça e fogo passam entre os animais divididos para concluir o pacto

Logo após, a Torá nos traz os detalhes desse acordo entre Hashem e Avraham determinando as fronteiras da terra que é dada à Avraham por meio desse pacto, com as palavras “para a sua descendência eu dei”,  determinando que por meio desse pacto nos foi dada a terra que antes Hashem tinha somente dito que iria dar.

A partir desse pacto recebemos irreversívelmente essa terra todo o tempo que estivéssemos sobre ela.

Rabi Moshe ben Nahman, também chamado de Ramban, foi um grande Tzadik que viveu na Espanha há 800 anos atrás. Ele explicou que quando Avraham chegou à terra prometida, Hashem disse para ele: -“Para os seus descendentes eu vou dar essa terra”, e não deu detalhes sobre as fronteiras dela.

poderíamos entender desse versículo que se tratava somente dos lugares que Hashem mostrou para Avraham, que andou até Shchem chamado também de Elon Moré

Depois disso, diz o Ramban,  quando aumentaram os méritos de Avraham naquela terra, Hashem aumentou a promessa dizendo:- “Levante os seus olhos e veja o norte, o sul, o oriente e o ocidente”, mostrando para ele os pontos cardeais e indicando com isso que também o espaço que está além da sua visão será dado à sua descendência.

Naquela segunda promessa Hashem acrescentou que vai dar essa terra para a sua descendência para sempre, e que a descendência dele seria tão numerosa como o pó da terra.

Agora, no pacto que foi feito entre as partes dos animais, na terceira vez que Hashem fala com ele sobre a terra que vai ser dada, as fronteiras da terra são determinadas desde o Rio Prates no Iraque, incluindo Israel e chegando até o Rio do Egito.

Cada um dos dez povos que morava dentro dessas fronteiras foi citado para não deixar nenhuma dúvida sobre essa demarcação

Motivo do pacto entre os animais divididos

A necessidade de ter sido feito um pacto foi para que caso nosso comportamento não fosse adequado, isso já não poderia mudar a determinação Divina, como vemos em relação ao pacto que Hashem fez com Noach, que mesmo as pessoas se comportando novamente como na época do dilúvio não haverá outro dilúvio por causa daquele pacto

O pacto do Brit Milá

No final da Parashá, quando Hashem pede para Avraham fazer o Brit Milá faz com ele mais um pacto.

Esse pacto vem acrescentar que essa terra é nossa eternamente, caso ela seja conquistada por outros povos mesmo assim ela continuará sendo nossa e voltaremos à herdá-la

Hashem também acrescenta que ele vai ser sempre o nosso D'us e que ele pessoalmente vai nos dirigir, e não seremos dirigidos por intermediários como os astros ou os anjos responsáveis pelos setenta povos.

Assim Avraham se torna o primeiro judeu, diretamente ligado à D'us, sem intermediários

Porque Hashem teve que acrescentar nesse pacto feito no Brit Milá que essa terra, de acordo com essas fronteiras citadas no pacto anterior entre o rio Prates e o rio do Egito e que são bem maiores do que o estado de Israel de hoje, será nossa herança eterna?

A regra da Torá é de que quando um povo conquista uma terra ela passa a ser dele, como no caso de Sihon rei dos emoreus que conquistou parte de Moav.

Naquele caso, mesmo que para nós seria proibido conquistar uma parte de Moav porque Hashem deu a terra de Moav aos filhos de Lot e fomos proibidos pela Torá de conquistá-la, quando Sihon à conquistou, ela deixou de pertencer à Moav e passou a pertencer aos emoreus, e por isso nos foi permitido conquistar essa terra de Sihon.

Quando a Torá traz uma regra geral, para algo sair dessa regra a própria Torá tem que trazer um versículo determinando essa excessão.

E por isso foi necessário esse pacto do Brit Milá, para tirar a nossa terra dessa regra geral e torná-la uma excessão de regra.

Ou seja, mesmo que hoje existem outros países nesses lugares que Hashem deu à nós, descendentes de Avraham, mesmo assim essa terra não deixou de ser nossa e no futuro nós a herdaremos

Por isso na primeira vez o versículo diz:- “para a sua descendência eu vou dar”. Uma linguagem que indica uma coisa que ainda vai acontecer.

Também na segunda vez que Hashem promete a terra à Avraham é usada essa mesma linguagem, porque até aquele momento ela não tinha sido totalmente dada

Na terceira vez, na hora do pacto entre as partes dos animais, Hashem diz:- “Para a sua descendência eu dei”, determinando que está fazendo um pacto sobre a terra que já nos foi dada

Na hora da Brit Milá, quando Hashem diz sobre a terra prometida “para herança eterna”, ele usa o termo “dei para você” em relação ao futuro.

Ou seja, ela continua sendo nossa mesmo quando não está nas nossas mãos, mesmo quando está conquistada por outros povos, mesmo assim ela continua nossa


Galut Ishmael, o exílio entre os árabes

Rabi Yehuda no Zohar diz que não existe uma Galut tão difícil como a Galut Ishmael

Quando Hashem acrescenta a letra H nos nomes de Avraham e Sarah e revela para Avraham que ele vai ter um filho com Sarah, Avraham pede para Hashem para que Ishmael viva com temor Divino, ou seja, pede para que Ishmael seja a sua continuação.

Hashem não concorda com isso, e revela para ele que ele vai ter um filho com a Sarah e esse filho vai se chamar Itzhak, e ele vai dar continuidade ao pacto feito entre Hashem e Avraham

Hashem concorda em fazer do Ishmael um grande povo mas deixa claro que a continuação do pacto é com Itzhak que vai nascer de Sarah nessa época no próximo ano

Diz o Zohar que pelo motivo de Avraham ter pedido por Ishmael e Ishmael ter feito o Brit Milá antes de Itzhak nascer, o anjo responsável pelo povo de Ishmael pediu para Hashem durante quatrocentos anos para que os descendentes de Ishmael fossem comparados à nós no mundo superior.

O que fez Hashem? Afastou o povo de Ishmael lá encima como tinha sido determinado desde o começo, mas para compensar isso deu a parte deles aqui embaixo na Terra Santa por causa do Brit Milá deles

Disse o Zohar aproximadamente no ano 150 da era comum, que futuramente os árabes vão dominar a Terra Santa por muito tempo quando ele estiver vazia, como o Brit Milá deles é vazio e sem perfeição, e eles vão impedir o povo de Israel à voltar para o seu lugar até terminar o mérito do povo de Ishmael

Quem na época do Zohar na qual Israel fazia parte de um império romano europeu, com equipamentos extremamente avançados em relação aos árabes, quem poderia imaginar naquela época que no ano 636 aqueles árabes conquistariam Israel e estariam lá até agora?

Com certeza na época do Zohar todos achavam que isso era uma metáfora ou coisa parecida.

Ninguém imaginaria esses mísseis de Gaza caindo em Beer Sheva, balões com explosivos, facadas todo dia, autonomia árabe na própria Judéia que era o principal da nossa civilização incluindo os túmulos dos nossos patriarcas e matriarcas e que por isso somos chamados de judeus, Hamas em Gaza, Fatah em Ramalla, hizb’alla na fronteira norte, e a gente torcendo para o Brasil ter a coragem de mudar o consulado para Jerusalém. O Irã fazendo mísseis com GPS para jogar em Tel Aviv (mais um bom motivo para mudar o consulado para Yerushalaim) e em pleno século 21 crianças judias vão dormir neste Shabat em abrigos anti aéreos. Em resumo, esse é o Galut Ishmael, existe de verdade, aqui e agora, hoje em nossos dias


Em resumo, vamos pedir para Hashem trazer o Mashiach e esse Galut Ishmael terminar imediatamente

Shabat Shalom

Rabino Gloiber
Sempre Rezando por vocês

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