Apesar das recentes variações de valor do Bitcoin, governos do mundo todo e economias emergentes permanecem interessados na ideia de um ecossistema baseado em blockchain, suplementado por uma estrutura lastreada em criptomoedas – ou uma moeda descentralizada.
Cripto-Shekel?
Enquanto países como China, Índia e Estados Unidos estão limitando o setor das criptos, países menores como Singapura, Venezuela, Colômbia e Malta está criando regulamentações e infraestruturas otimizadas para favorecer o ecossistema dos ativos digitais. Agora, Israel está aparentemente trabalhando com a ideia de uma criptomoeda lastreada pelo estado, segundo o Jerusalem Post.
O Banco de Israel (BOI) e o ministério das finanças do país estão explorando uma versão digital do shekel físico, moeda oficial do país. A ação supostamente prevenirá a sonegação fiscal ao utilizar as funcionalidades da tecnologia blockchain – por exemplo, rastrear dados transacionais dos cidadãos em tempo real, enquanto viabiliza transações mais rápidas.
O relatório também indica que tal aplicação pode funcionar somente em smartphones. Embora o desenvolvimento surpreenda aqueles fora de Israel, o país tem um vibrante ecossistema para criptomoedas, até mesmo ostentando uma associação dedicada ao blockchain. Em 2017, o Bloomberg classificou o país como décima economia mais inovadora do mundo, baseada na adoção de tecnologia e criação de patentes – dois fatores fundamentais para o crescimento das criptomoedas. Bancos israelenses favorecem o crescimento das criptomoedas Os maiores bancos do país também estão fazendo incursões no ramo das criptos.
O Bank Hapoalim, de Tel Aviv, está trabalhando para tokenizar seus ativos financeiros em um blockchain, através de uma parceria com a Microsoft Azure, uma plataforma de computação em nuvem que permite aos desenvolvedores compartilharem, armazenarem, testarem e colarem informações sobre tecnologias em ascensão, inclusive sobre o blockchain. Até mesmo o sistema judiciário do país evita prolatar decisões sem base contra criptomoedas.
Em fevereiro, o Bank Leumi proibiu que seus clientes interagissem com negócios envolvendo criptomoedas, citando preocupações com padrões AML (anti lavagem de dinheiro). Contudo, a suprema corte israelense rapidamente interviu e declarou que a decisão era redundante, pedindo uma imediata revogação da proibição. Ademais, a suprema corte viabilizou um acesso maior a criptomoedas e negócios relacionados, como cripto apostas e cassinos, aumentando significativamente a adoção entre cidadãos e instituições. Transações de criptomoedas também são reconhecidas no país, apesar da falta de uma estrutura bem definida.