• Outro nome pelo qual Rosh Hashaná é conhecido é Yom Teruá (“Dia do ‘Toque Fragmentado’”).
Diferentemente da Tequiá (toque de shofar contínuo), que representa a alegria, a Teruá alude ao medo e ao receio. Medo pelo passado e receio pelo futuro.
Esse é o maior receio que deve preencher os corações de cada judeu em Rosh Hashaná: “será que consegui atingir minhas metas como judeu, isto é, ser exemplo e luz para as nações do mundo?
Será que, de fato, serei merecedor de que D’us decrete sobre mim, no ano que se aproxima, uma vida boa e agradável? Justamente deste receio que aumenta com o toque da Teruá no shofar, aumenta também a misericórdia divina sobre Israel, e eles saem assim absolvidos do julgamento.
• Como Rosh Hashaná é um data de muita alegria, pelo fato de ser o dia da renovação da coroação e do reinado divino, escreveu o Gaon de Vilna que é proibido chorar neste dia, devendo-se manter nele a alegria, do começo ao fim do mesmo.
O Arizal, por outro lado, escreveu que é plenamente apropriado e natural chorar em Rosh Hashaná, sendo o choro neste dia um sinal de elevação espiritual – uma demonstração de que se possui uma alma correta e aperfeiçoada.
O próprio Arizal costumava chorar muito em suas orações de Rosh Hashaná. Na prática, deve-se rezar em Rosh Hashaná com alegria, no entanto, quem de repente irrompe em choro não deve considerar isto um problema. Muito ao contrário, pois, como dissemos, é uma demonstração de que se possui uma alma reta e aprimorada.
Fonte: Kolel Rio