Pichações foram feitas por grupos neonazistas neste final de semana (19) mas só ganharam repercussão após uma publicação no Facebook.
Uma semana após um episódio de vandalismo seguido de ameaças de chacinas feitas por um militante de extrema-direita na UNICAMP no interior paulista, outra cidade também no interior do estado aparentemente também está com problemas para lidar com a criminalidade da extrema-direita nas ruas.
Um post no Facebook repercutiu na cidade após denunciar não só as pichações de apologia ao nazismo como também ainda apontar os supostos autores do ato. Após algumas horas a publicação foi removida da rede social sem o consentimento do autor da publicação.
Foto: Reprodução/Facebook Foto: Reprodução/Facebook Foto: Reprodução/Facebook
A ação ocorreu próximo ao colégio Dom Aguirre na avenida General Osório e gerou indignação na comunidade que denunciaram o fato de que essa não seria a primeira ação do grupo criminoso de extrema-direita na região e que mulheres e negros teriam sido agredidos por membros deste grupo.
Além das denúncias de agressão ainda foram relatadas ameaças de estupro, assalto e ainda o relato de uma mãe que teve seu filho ameaçado pelo grupo criminoso. Decidimos ocultar a identidade das pessoas envolvidas para a segurança das mesmas.
Segundo ainda denúncias da comunidade os ataques e ações seriam feitos por um mesmo grupo de extrema-direita comandado por um homem identificado como “Fabão”.
Escalada de terror da extrema-direita em São Paulo
Em 2017 um relatório da Polícia Civil afirmou que estavam detectando uma maior movimentação de grupos de caráter neonazista em São Paulo.
Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais e Delitos de Intolerância da Polícia Civil (Decradi) disseram ter constatado nos últimos seis meses de 2017 uma movimentação acima do normal de grupos neonazistas, cujos integrantes já tinham sido identificados pelas autoridades.
O relatório também revelou que os 3 principais grupos de extrema-direita da capital, Kombat Rac, Front 88 e o Impacto Hooligan juntos teriam cerca de 110 membros ativos, que parte deles já estavam identificados pelas autoridades.