As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) confirmaram para o Jerusalem Post que a capitã Or Na'aman comandava a bateria de mísseis Patriot do Batalhão 138 que derrubou o avião sírio no norte das Colinas de Golã na terça-feira (24). Segundo as IDF, Na'aman também foi responsável pela intercepção de um drone de reconhecimento sírio sobre território israelense na semana passada, o que levou Israel a retaliar com ataques contra posições militares na província de Quneitra, na Síria.
Uma fonte militar síria disse à Sputnik que Omran Muri, um dos dois pilotos do caça Sukhoi, tinha sido morto. O paradeiro do segundo piloto permanece desconhecido. O embaixador de Israel nas Nações Unidas comunicou que as IDF tentaram comunicar com o jato, mas não receberam resposta. Segundo Tel Aviv, a aeronave violou o acordo de separação de forcas de 1974, que estabeleceu uma zona de segurança entre Israel e Síria nos territórios das Colinas de Golã.
Foto do avião sírio abatido por Israel
Damasco rejeitou a afirmação de Israel e enfatizou que o jato estava conduzindo operações contra um grupo de terroristas do Daesh (proibido na Rússia e em outros países) no espaço aéreo sírio ao sul do país nesta terça-feira (24). O governo sírio declarou que o ataque ao seu avião "confirma" o apoio de Tel Aviv aos grupos terroristas armados.
As tensões militares na área das Colinas de Golã aumentaram nas últimas semanas em meio a uma ofensiva do exército sírio para expulsar as formações remanescentes de militantes armados da área e restaurar o controle sobre seu território soberano. As IDF têm estado em alerta máximo durante semanas nas Colinas de Golã durante o avanço dos militares sírios em direção à fronteira. Militantes começaram a se render ou a se retirar do sul da Síria em 15 de julho na sequência das negociações facilitadas pelo Centro Russo para a Reconciliação na Síria.