Até agora, dois grandes desafios estavam no caminho da criação do microchip terahertz: superaquecimento e escalabilidade. No entanto, em artigo publicado na “Laser and Photonics Review”, Levy, chefe do Nano-Opto Group da Universidade Hebraica, e Joseph Shappir, professor emérito da mesma Universidade, mostraram prova de conceito para uma tecnologia óptica que integra a velocidade das comunicações ópticas (luz) com a confiabilidade – e escalabilidade de fabricação – de eletrônicos.
As comunicações ópticas abrangem todas as tecnologias que usam a luz e transmitem através de cabos de fibra ótica, como a internet, e-mail, mensagens de texto, chamadas telefônicas, a nuvem e data centers, entre outros. As comunicações ópticas são super rápidas, mas nos microchips elas se tornam pouco confiáveis e difíceis de replicar em grandes quantidades.
Agora, usando uma estrutura “Monos” (Metal-Oxide-Nitride-Oxide-Silicon), Levy e sua equipe criaram um novo circuito integrado que usa tecnologia de memória flash (do tipo usado em flash drives e discos com chave) em microchips. Se for bem-sucedida, essa tecnologia permitirá que computadores padrão de 8 a 16 gigahertz funcionem 100 vezes mais rápido e aproximará todos os dispositivos ópticos do suprassumo das comunicações: o chip terahertz.
Ele explica: “essa descoberta poderia ajudar a preencher a ‘lacuna THz’ e criar dispositivos sem fio novos e mais potentes que poderiam transmitir dados a velocidades significativamente maiores do que as atualmente possíveis. No mundo dos avanços de alta tecnologia, esta é uma tecnologia revolucionária”.