Netanyahu critica líder turco por reação ao confronto entre palestinos e israelenses em Gaza
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, rejeitou as críticas do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que chamou de "massacre" os incidentes de sexta-feira, quando palestinos avançaram sobre a fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel em conflito que deixou 15 palestinos mortos. O premiê israelense disse que não receberá lições de "quem bombardeia civis".
"O Exército mais ético do mundo não receberá lições daqueles que, durante anos, bombardearam a população civil de forma indiscriminada", escreveu Netanyahu no Twitter. A irritação do premiê israelense ocorreu depois que Erdogan, no sábado, qualificou como "ataque desumano" e "massacre" a resposta do Exército de Israel contra os protestos organizados no lado palestino da fronteira de Gaza, que além de 15 mortos, deixaram 1,4 mil feridos.
"Erdogan não está acostumado a ser contestado. Quem ocupa o norte do Chipre, invade território curdo e massacra a população em Afrin não deveria nos dar lição de valores e ética", declarou Netanyahu, em resposta ao líder turco. "Aparentemente, é assim que Ancara celebra o dia 1.º de abril”.
A tensão entre Erdogan e Netanyahu é antiga. Em maio de 2010, uma flotilha internacional liderada por um barco turco, o Mavi Marmara, partiu para Gaza na tentativa de romper o bloqueio israelense à região. A flotilha não atendeu à ordem para parar e soldados israelenses intervieram na embarcação e, após serem atacados pelos tripulantes, reagiram causando a morte de nove turcos.
Em seguida, as relações diplomáticas entre os dois países foram cortadas. Desde 2016, após a assinatura de um acordo de reconciliação, as relações entre Turquia e Israel vinham melhorando, até o incidente desta sexta-feira (30/03).
Reconciliação com o antissemita Erdogan foi um erro”, diz ministro
O ministro israelense da Segurança Pública, Gilad Erdan, considerou um erro o acordo de reconciliação assinado entre Israel e Turquia em 2016. "Olhando para trás, talvez o acordo não devesse ter sido aprovado", disse ele, ao acrescentar que naquele momento Israel "não poderia rejeitar um acordo com uma das maiores potências do Oriente Médio".
Erdan advertiu que Israel “não pode tolerar a hostilidade e o antissemitismo de Erdogan”. “É de se estranhar que um país como a Turquia, que está massacrando os curdos e ocupando o norte de Chipre, seja aceito como uma nação legítima pelo Ocidente”, destacou.
Em janeiro deste ano, a Turquia lançou uma ofensiva aérea e terrestre no enclave de Afrin, na Síria, para extirpar as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), que o governo turco afirma ser um grupo terrorista, mas que é vista pelos Estados Unidos como um grupo que luta contra os jihadistas do Estado Islâmico. A ONU disse que 170 mil pessoas fugiram de Afrin após a ofensiva turca. Dezenas de civis foram mortos.
Reconciliação com o antissemita Erdogan foi um erro”, diz ministro
O ministro israelense da Segurança Pública, Gilad Erdan, considerou um erro o acordo de reconciliação assinado entre Israel e Turquia em 2016. "Olhando para trás, talvez o acordo não devesse ter sido aprovado", disse ele, ao acrescentar que naquele momento Israel "não poderia rejeitar um acordo com uma das maiores potências do Oriente Médio".
Erdan advertiu que Israel “não pode tolerar a hostilidade e o antissemitismo de Erdogan”. “É de se estranhar que um país como a Turquia, que está massacrando os curdos e ocupando o norte de Chipre, seja aceito como uma nação legítima pelo Ocidente”, destacou.
Em janeiro deste ano, a Turquia lançou uma ofensiva aérea e terrestre no enclave de Afrin, na Síria, para extirpar as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), que o governo turco afirma ser um grupo terrorista, mas que é vista pelos Estados Unidos como um grupo que luta contra os jihadistas do Estado Islâmico. A ONU disse que 170 mil pessoas fugiram de Afrin após a ofensiva turca. Dezenas de civis foram mortos.