Wagner, cuja grandiosa e nacionalista obra do século 19 é repleta de antissemitismo, misoginia e ideais de pureza racial, foi o compositor favorito de Adolf Hitler.
Manuscrito do compositor favorito de Adolf Hitler será vendido em Jerusalém
Apesar de nenhuma lei em Israel proibir suas músicas de serem tocas no país, orquestras e salas evitam fazê-lo devido aos protestos e confusões que marcaram apresentações no passado.
A venda na terça-feira da carta manuscrita, datada de 25 de abril de 1869 e dirigida ao filósofo francês Edouard Schure, poderia trazer à tona o debate sobre o polêmico compositor em Israel.
Wagner escreveu na carta que a assimilação dos judeus na sociedade francesa impede a observação da "corrosiva influência do espírito judaico na cultura moderna", acrescentando que os franceses sabem "muito pouco" sobre os judeus.
Meron Eren, cofundador e dono da casa de leilões Kedem, que venderá a carta, disse que era a primeira vez que lidava com um artigo de Wagner.
"Wagner se reviraria no túmulo" se soubesse que um judeu barbudo em Jerusalém vai lucrar com sua carta, disse Eren.