
Trump sugeriu que poderá participar em 14 de maio da cerimônia de abertura da nova embaixada americana em Jerusalém, uma decisão que gerou uma onda de críticas no mundo todo.
No encontro na Casa Branca entre dois líderes acossados pela Justiça de seus respectivos países, Trump disse que "analisa" a ida a Jerusalém para a inauguração da embaixada e que "tratará deste e de outros temas" com Netanyahu, que não escondia sua satisfação.
"Israel é muito especial para mim. É um país especial, gente especial, e espero poder estar (na inauguração da embaixada). Estou muito orgulhoso da decisão" de transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.

No Salão Oval da Casa Branca, Netanyahu não economizou elogios a Trump, que comparou com figuras históricas como Ciro, o Grande, Lord Arthur Balfour e o ex-presidente americano Harry Truman.
- Viagem polêmica -
A eventual viagem de Trump a Jerusalém seria um gesto evidente da solidez das relações entre Estados Unidos e Israel, mas tem todos os elementos para se tornar um pesadelo diplomático e enfurecer os aliados árabes de Washington.
Israelenses e palestinos reivindicam Jerusalém como sua capital, e o gesto de Trump de transferir a embaixada gerou um incomum repúdio por parte dos 128 países da Assembleia Geral das Nações Unidas, em dezembro passado.
Horas antes da chegada de Netanyahu à Casa Branca, foi confirmado que um ex-auxiliar do premier aceitou testemunhar em um caso de corrupção que coloca em risco a posição do líder israelense.
Seguindo a cartilha de Trump, o premier israelense qualificou de "fake news" todas as denúncias de corrupção contra ele.
Na reunião na Casa Branca, Netanyahu deve se concentrar na questão do Irã, que considera o maior inimigo de Israel.