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Terror e violência de volta a Israel

Terror e violência de volta a Israel

Novos episódios de violência matam israelense e palestino. Jovem é apunhalado à morte em ataque, e fazendeiro é morto a tiros em assentamento. A violência que parecia refreada entre israelenses e palestinos reapareceu nesta quinta-feira. Um israelense de cerca de 20 anos morreu esfaqueado nesta quinta-feira em um ataque na cidade de Arad, no sul de Israel. Horas antes, um morador de um assentamento israelense na Cisjordânia matou um palestino perto da vila de Qusrah.

No ataque em Arad, os assassinos fugiram, anunciou a polícia.

"Não há dúvida sobre o caráter terrorista do ataque", que ocorreu em uma rua adjacente a um shopping, disse à AFP o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld.
Terror e violência de volta a Israel
Rabino ferido nas costas
Horas antes, um fazendeiro aparentemente desarmado foi morto após protestos com pedras perto de Qusrah. Segundo o Exército de Israel, Mahmoud Odeh, de 48 anos, foi baleado em legítima defesa por moradores de um assentamento próximo que estavam caminhando pela região. Os palestinos negaram que tivesse havido qualquer confronto antes dos tiros onde o fazendeiro foi morto.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, chamou o ataque a tiros de "um ato covarde que mostra para o mundo os crimes horríveis de colonizadores contra palestinos desarmados."

Uma onda de violência palestina com facadas e atropelamentos, que começou há dois anos, diminui drasticamente neste ano. Esta violência matou pelo menos 309 palestinos ou árabes -israelenses, 52 israelenses, e sete estrangeiros desde 1 de outubro de 2015, segundo um cálculo da AFP. A maioria dos palestinos mortos são autores ou supostos autores de ataques.

ATRITO ENTRE PODERES PALESTINOS

Os grupos rivais palestinos asseguraram nesta quinta-feira (30) que a esperada transferência de poderes na Faixa de Gaza seguia na ordem do dia, apesar de terem-na adiado sem nenhum plano para salvar um acordo com repercussões humanas e políticas consideráveis.
As duas principais organizações palestinas, Fatah, que governa a Cisjordânia, e Hamas, que comanda Gaza, anunciaram na quarta-feira à noite o adiamento até 10 de dezembro da transferência de poderes prevista para antes de sexta-feira na Faixa.


A decisão deu razão aos inúmeros céticos que previam desde o início o fracasso desta nova tentativa de aproximação entre os movimentos.

O Hamas e a Autoridade Palestina, controlada pelo Fatah, asseguraram nesta quinta que o processo continua em frente.

Hasam Qasem, um porta-voz do Hamas, culpou a Autoridade pelo adiamento, mas assegurou que a "reconciliação não fracassou e não fracassará". "Tomamos uma decisão estratégica e iremos nos ater a ela".
"A reconciliação não foi derrubada", afirmou um responsável de alto escalão da Autoridade sob anonimato.

Os analistas esperam, no melhor dos casos, um processo longo e cheio de obstáculos. No pior, seria o fracasso. Para os moradores de Gaza, após a esperança dos primeiros dias, essas dúvidas são um mau presságio.

Em 12 de outubro, o movimento islamita Hamas aceitou no Cairo transferir antes de sexta-feira, 1º de dezembro, os poderes em Gaza à Autoridade Palestina, a quem havia expulsado em 2007.

O Hamas, considerado como "terrorista" por Israel, Estados Unidos e União Europeia, e marginalizado por uma parte da comunidade internacional, governava desde então o enclave localizado entre Israel, Egito e o Mediterrâneo.

A Autoridade Palestina, reconhecida pela comunidade internacional, apenas governava de fato em fragmentos da Cisjordânia, devido às restrições impostas pela ocupação israelense.

O anunciado retorno da Autoridade para Gaza despertou a esperança de um futuro melhor para seus habitantes, esgotados por guerras, pobreza e o isolamento causado pelos bloqueios israelense e egípcio.

Nesta quinta-feira, em outro exemplo da constante instabilidade do enclave, o Exército israelense disparou seis vezes contra posições do Hamas e de seu aliado Jihad Islâmica em Gaza, em resposta aos tiros de morteiro contra seus soldados na fronteira com a Faixa. O ataque deixou três feridos, segundo os serviços médicos palestinos.


A persistência do conflito entre Israel e Palestina serve de pano de fundo para a tentativa de reconciliação entre grupos palestinos. A ONU quer ver nessa aproximação uma oportunidade para retomar o processo de paz com Israel.

A transferência de poderes fracassou tão logo quanto foi posta em prática, quando delegados sindicais próximos ao Hamas impediram a entrada de funcionários da Autoridade em Gaza.

A questão dos funcionários é apenas um dos obstáculos para alcançar a reconciliação. A Autoridade exige o controle total da segurança em Gaza, enquanto o Hamas, cujo braço militar poderia dispor de 25 mil homens e milhares de foguetes, se nega a entregar as armas. Além disso, Abbas ainda não retirou as sanções financeiras impostas em 2017 para pressionar o Hamas.


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