Marco Vinicius P. de Carvalho abriu a ação na Comarca de Taió, em Santa Catarina, processando o jornalista José Roberto Guzzo e a revista Veja. Uma audiência conciliadora foi marcada para o dia 05 de março de 2018, segundo informações do portal JM Notícia.
No polêmico artigo, Guzzo desdenha dos evangélicos, considerando essa parcela da sociedade um público de intelecto menos desenvolvido que os adeptos do “progressismo”, militantes de esquerda e a, assim chamada, “elite cultural”.
Ao longo do texto, o jornalista dispara contra os evangélicos de forma generalizada e expõe toda sua irritação com a liberdade religiosa, aparentando apoiar o fim desse direito. A certa altura, suas palavras tomam uma conotação ainda mais preconceituosa: “Esse povo, em grande parte do ‘tipo moreno’, ou ‘brasileiro’, vem sendo visto com horror crescente pela gente de bem do Brasil”, escreveu, sugerindo de forma pejorativa um estereótipo racial para os fiéis.
Na teoria de J. R. Guzzo, a “gente de bem” não é necessariamente um grupo de pessoas honestas com conduta irrepreensível: “Sabe-se quem são: os mais ricos, mais instruídos, mais viajados, mais capacitados a discutir política, cultura e temas nacionais. São geralmente descritos como esclarecidos, liberais, intelectuais, modernos, politizados, sofisticados e portadores de diversas outras virtudes. Toda a esquerda nacional, por definição, está aí dentro”, argumenta.
Assim, “gente de bem”, para J. R. Guzzo, seria o oposto do que são os evangélicos, e o jornalista não se contenta com pouco no que se refere à crítica a esse setor da sociedade: “Retrógrados, reacionários, repressores, fascistas e inimigos da democracia. Já foram condenados como machistas, homofóbicos e fanáticos”.
Indo além, o colunista da revista Veja diz que o que torna os evangélicos incômodos “está nas suas convicções como cidadãos”.