A líderes muçulmanos, presidente turco chama Israel de 'Estado de ocupação' e 'terrorista'.
Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, gesticula em discurso a líderes muçulmanos durante cúpula extraordinária - Emrah Yorulmaz / AP
ANCARA — O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, fez um fervoroso discurso a governantes muçulmanos nesta quarta-feira, reivindicando que a comunidade internacional reconheça Jerusalém Oriental como "capital da Palestina". Ele chamou Israel de um "Estado de ocupação" e "terrorista", em dias de alta tensão provocada pelo reconhecimento dos Estados Unidos de Jerusalém como capital israelense. Com a decisão de Trump, "Israel foi recompensada por todas as atividades que realiza", continuou Erdogan, garantindo que "nunca renunciará" a exigir "uma Palestina soberana e independente".
— Israel é um Estado de ocupação. Além disso é um Estado terrorista — declarou Erdogan durante a abertura da reunião da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) em Istambul. — Convido os países que defendem o direito internacional e a Justiça a reconhecer Jerusalém ocupada como capital da Palestina.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, acusou Trump de ter "oferecido Jerusalém como presente ao movimento sionista", indicando que os Estados Unidos não têm nenhum papel a desempenhar no processo de paz.
— Jerusalém é e continuará sendo eternamente a capital do Estado da Palestina. E, sem isso, não haverá paz, nem estabilidade — acrescentou Abbas em seu discurso na cúpula.
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Com apoio da base evangélica americana, o anúncio de Trump em 6 de dezembro passado provocou uma condenação quase unânime no mundo, assim como manifestações de revolta e indignação em muitos países do Oriente Médio. O encontro desta quarta-feira até o momento sinaliza a reação unificada mais forte contra a decisão americana.
Em resposta às críticas, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, saiu em defesa de Trump, afirmando que sua decisão fará o processo de paz avançar no Oriente Médio. Em sua opinião, Trump é o primeiro presidente americano que teve a "coragem" de aplicar uma lei adotada no Congresso em 1995, que previa a transferência da embaixada americana de Tel Aviv a Jerusalém, mas que foi sistematicamente prorrogada por todos os presidentes desde então.
Presidente em exercício da OCI, Erdogan espera unificar o mundo muçulmano contra a decisão americana. A tarefa não será fácil, porém, já que a região se encontra profundamente dividida. Somado a isso, vários países — como a Arábia Saudita — buscam cultivar boas relações com o governo Trump, tendo como pano de fundo a hostilidade em relação ao Irã.
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Erdogan é um político populista. O populismo é uma das maiores mazelas da raça humana. Essão autoridade vai afundar a Turkia
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