
Priti Patel, que deixou Londres na terça-feira para uma viagem pela África, retornou ao Reino Unido a pedido de Theresa May, segundo duas fontes do governo à AFP.
Patel pediu desculpas na segunda-feira por se reunir 12 vezes com líderes israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, durante suas férias de agosto sem informar o governo.
Nenhum outro funcionário britânico participou dessas reuniões, onde esteve na maior parte do tempo acompanhada por Stuart Polak, presidente honorário de um lobby pró-israelense, o Conservative Friends of Israel.
De acordo com Downing Street, Patel disse a May que mencionou a possibilidade de financiar a ajuda humanitária fornecida pelo exército israelense a sírios feridos nas Colinas de Golã, onde Londres não reconhece a ocupação parcial de Israel.
Embora tenha recebido uma repreensão da chefe de governo, esta última reiterou sua confiança.
De acordo com a agência Press Association, Priti Patel omitiu, no entanto, duas outras reuniões organizadas em setembro com o ministro israelense da Segurança Interna Gilad Erdan e o diretor-geral do ministério das Relações Exteriores, Yuval Rotem.
"Não entendo o que mais falta para afastá-la", disse um ministro que pediu anonimato ao Daily Telegraph.

Dois outros membros do executivo, o vice-primeiro-ministro Damian Green e o secretário de Estado do Comércio Internacional, Mark Garnier, são igualmente acusados.
A partida desta fervorosa defensora do Brexit enfraqueceria uma equipe de governo muito dividida sobre o assunto, em meio as negociações cruciais com Bruxelas sobre a partida do Reino Unido da União Europeia.
O Partido Trabalhista pediu uma investigação sobre o que descreveu como "infrações graves" do código de conduta ministerial por parte de Priti Patel.
* AFP