Lei do retorno, direito ao Aliah e certidão de judaísmo

Lei do retorno, direito ao Aliah e certidão de judaísmo

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Lei do retorno, direito ao Aliah e certidão de judaísmo
Um grupo de Olim do Brasil que foram recebidos no
Aeroporto Internacional Ben-Gurion,

Yali Berlinski
Nazareth-Ilit, Israel

Eu não ia falar sobre isso, mas como as pessoas perguntam muito e entendem muito pouco os critérios utilizados vou tentar esclarecer um pouco.
A lei do retorno é a lei que define quem é judeu e por consequência quem tem direito a fazer Aliah. Os critérios da lei são baseados na religião judaica e nos critérios utilizados pelo Nazismo durante a segunda guerra.

Basicamente a lei diz o seguinte:
Tem direito a fazer Aliah todo judeu e descendente de judeu até o terceiro grau, assim como seus cônjuges.

Aí vem a grande questão: Quem é Judeu?

Judeu é toda pessoa nascida de mãe judia, portanto os filhos de mães judias sempre serão judeus de primeiro grau.
Acontece que a lei também assegura o mesmo direito aos descendentes de judeus e aos judeus convertidos.

Portanto, descendentes de judeus, são os filhos de pai judeu. O homem não passa o judaísmo, dessa forma os filhos ou netos de um homem judeu, são considerados descendentes de judeu de segundo ou terceiro graus, respectivamente.

Judeus convertidos têm direito a fazer Aliah, depois de alguns anos de conversão, normalmente 5, mas com relação ao judeu convertido é preciso ter certeza do rito que foi escolhido para a conversão e levar em consideração que alguns tipos de judaísmo, como o Judaísmo Messiânico, por exemplo, não são reconhecidos pelo Estado de Israel.

Cônjuges com mais de um ano de casamento são equiparados a judeus para fins de Aliah.

Como eu já tinha escrito sobre Aliah e sobre casamento, para ler um pouco mais sobre Aliah de um modo geral ou sobre cônjuge, clique nos respectivos links.

Aí vem a segunda grande questão: Como se faz prova de judaísmo?

O documento necessário para essa comprovação se chama certidão de judaísmo. Aí você pensa e onde eu arrumo isso?

Bem, se você for judeu praticante ou seus pais ou avós tiverem sido, fica mais fácil, basta você ir à sinagoga que eles frequentavam, conversar com o rabino (ou com a secretária dele), explicar quem é você e que precisa desse documento para fazer Aliah. Ele vai te dar, não é de graça, mas não é difícil.
Caso sua família não tenha sido praticante você vai ter que procurar um pouco mais, por um avô ou avó ou bisavó (mãe da sua avó) que tenha sido enterrada num cemitério judaico ou encontrar algum tipo de vínculo que te ligue ao judaísmo, em linha reta e até o terceiro grau. uma ascendência feminina é sempre melhor, mas claro que serve um certificado de Bar-Mitzvá do seu pai ou avô, por exemplo.

Os sobrenomes judaicos também podem ser utilizados como prova, mas como normalmente não comprovam o grau de parentesco, vai da boa vontade do rabino, aceitar ou não. Que fique bem claro, sobrenomes judaicos são nomes como Berlinski, Cohen ou Rosemberg, não é esse papo furado de meu sobrenome é Pereira ou Silveira e eu sei que minha família era judia há 500 anos em Portugal, porque isso não vale nada, ok?
Outra coisa, os parentes que você usar para comprovar seu judaísmo não podem ter se convertido, voluntariamente, a outra religião, portanto caso isto tenha ocorrido, cabe a você não citar esse fato.


Acho que isso clareia a maior parte das dúvidas.

Qualquer coisa que eu não tenha mencionado deixe sua pergunta aqui em baixo.

Yali Berlinski
Nazareth-Ilit, Israel
Alguém que mora fora do Brasil há muito tempo e em Israel desde 2009.


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2Comentários
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  1. OS frances fazem aliar por ser europeus ,nos Latinos americanos não temos direito por termos sofrido a inquisição e termos perdido a nossa judaicidade precionado pela igreja catolica, agora os conteraneos de hithl impedi que nos semita tomemos posse da herança

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  2. Judeu é judeu, não perde a identidade.
    A inquisição não tirou sua ancestralidade.
    Tanto é que muitos judeus “fingiram” ser cristãos-novos, mas continuaram judeus, inclusive sendo enterrados em cemitérios judeus, muitas igrejas, principalmente no Nordeste, tinham uma pequena construção (sinagoga) escondida ao lado dessas igrejas.
    Famílias absorveram alguns hábitos cristãos, nas continuaram várias práticas judaicas como acender velas no por do sol,
    limpar a casa nas sextas feiras e não comer carne de porco entre outros hábitos.

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