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Uma história de Yom Kippur

Uma história de  Yom Kippur Em certa ocasião, um judeu religioso, um rabino, estava viajando pela British Airways para Nova York. 

Ao lado dele, estava sentado um homem que, após o avião decolar, vira-se para ele e diz “Shalom”, e revela, também, ser judeu. Ambos passam a conversar e descobrem que ambos estão a caminho de Israel.

O rabino, que estava viajando para passar Rosh Hoshaná e Yom Kipur em Israel, começa a falar de religião, mas o judeu sentado ao lado dele diz “Não me fale de D’us. Tenho raiva Dele. Não posso perdoá-Lo pelo o que Ele me fez”. Este homem, que tinha 70 anos de idade, havia passado pelo Holocausto. Ele teve um filho, mas tinha sido separado dele durante a guerra e presumia que havia morrido. Disse ao rabino que nunca perdoaria D’us por lhe ter tirado seu filho.

O rabino pergunta: “Por que então você vai a Israel?”, e o homem responde, “Não quero saber de D’us, mas o Povo Dele é ótimo. Não existe lugar no mundo como Israel”. O rabino tenta convencer o homem a ir à sinagoga, em Israel, durante as Grandes Festas – diz que a sinagoga que frequenta em Israel é pequena, mas possui um ótimo chazan”. O homem se recusa.

Dias mais tarde, o rabino está em Israel. É Yom Kipur. Após a leitura da Torá, ele sai da sinagoga, durante o curto intervalo em que é recitado o Yizkor. Ele vai a uma pracinha e nota que há alguém fumando: é o seu amigo da viagem. Ele se aproxima dele e tenta convidá-lo à sinagoga. “Venha rezar um pouco,” diz o rabino. Mas o homem se recusa. O rabino diz o seguinte, “Pelo menos entre para recitar o Yizkor pelo seu filho. Sim, você brigou com D’us, mas por que seu filho deveria sofrer por isso? Todos serão lembrados no Yizkor – seu filho deveria ser um deles”. O homem responde que por seu filho faria tudo, inclusive ir à sinagoga para o Yizkor.

Era uma sinagoga pequena. E por ser pequena, havia o costume de que quem quisesse, podia ir ao chazan, dar o nome do falecido e o próprio chazan recitava o nome da pessoa cuja memória seria lembrada. Ao entrar na sinagoga, esse senhor se aproxima do chazan que lhe pergunta o nome do filho. Quando o chazan ouve o nome, ele olha para esse senhor, fica pálido e grita em iídiche: “Pai!”

Durante muitos anos, esse senhor pensou que seu filho havia morrido no Holocausto. Na realidade, seu filho havia sobrevivido, imigrara para Israel e se tornara um judeu religioso. Ele manteve as tradições que aprendeu com o pai – a mesma pessoa que desde a guerra não queria mais se relacionar com D’us. Se o pai nunca tivesse entrado em uma sinagoga em Yom Kipur – se não tivesse dado essa “brecha” para D’us – ele passaria o restante da vida acreditando que seu filho havia morrido. No momento em que ele deu uma chance a D´us e entrou na sinagoga em Yom Kipur, mesmo que fosse apenas para recitar Yizkor pelo seu filho, ele reencontrou aquilo na vida de mais caro, que ele acreditava ter perdido.

Essa história, além de verídica, serve também como metáfora. O pai da história é D’us e todos nós somos Seus filhos. Yom Kippur é o dia em que nos reencontramos: em que Ele e nós descobrimos que Ele não nos perdeu. Yom Kippur é o dia em que vamos à sinagoga para dizer a D’us que ainda estamos juntos e que assim continuaremos, eternamente. Mas como na história relatada acima, esse nível de ligação e conexão com D´us só é alcançado quando retiramos de nós sentimentos negativos contra Ele, contra outras pessoas e contra nós mesmos.

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