A Suprema Corte de Justiça ordenou ao Estado, na quinta-feira, que explicasse por que alterou um plano aprovado pelo gabinete para criar uma área de oração pluralista no Muro das Lamentações. Na audiência, os juízes fizeram críticas severas ao governo por voltar atrás de um acordo histórico que garantiria aos judeus não-ortodoxos o livre acesso ao sítio sagrado de Jerusalém, dizendo que as mudanças são necessárias através de mecanismos governamentais.
“Vocês conduziram as negociações, vocês chegaram a um acordo para um esboço, mas, durante os processos judiciais, vocês cometeram um barulho e disseram que” está sendo congelado”, disse a juíza Miriam Naor aos advogados estaduais. “Vocês devem explicar por que vocês alteraram o acordo aprovado”, acrescentou o juiz Hanan Meltzer.
Durante a audiência, os advogados do estado tentaram argumentar que o acordo do gabinete, de 2015, para criar uma área para culto pluralista não era juridicamente vincul ativo. “Procuramos alcançar um esboço que seria aceitável para todos os lados, mas essa é uma questão muito sensível”, disse um advogado do estado. Em resposta, Naor concordou que a questão era delicada e disse que os esforços envidados para alcançar um compromisso eram louváveis. “Mas então, de repente, vocês congelaram”, disse ela. “Há um processo legal, não é uma questão de fazer o que quiser quando quiser”.
Fonte: Rua Judaica