Estabelecimento sofreu dois
ataques em uma semana.
Secretária municipal de
Assistência Social e Direitos Humanos falou em intolerância religiosa.
A secretária municipal de
Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Bergher, estava na 10ªDP
(Botafogo) para pedir mais rigor na investigação dos recentes ataques à Casa do
Mago, no Humaitá. A secretária chamou o caso de intolerância religiosa.
"Está claro que é mais um
caso de intolerância religiosa. Não vamos nos calar diante desta violência. É
inaceitável que as pessoas não respeitem o direito do outro à escolha da
própria religião e ao culto religioso. As pessoas precisam aprender a conviver
com a diferença pacificamente. A constituição federal assegura o direito de
cada cidadão optar ou não pela religião que quiser", afirma, em nota, a
secretária, que continua:
"O ataque à Casa do Mago foi
duplamente criminoso. Tentativa de homicídio e desrespeito à liberdade
religiosa. A polícia tem que chegar a estes criminosos".
A secretária esteve no centro
espírita, no Humaitá, na quarta-feira, para dar apoio ao líder religioso
Ubirajara Pinheiro, responsável pela Casa do Mago.
Segundo informações preliminares,
o caso aconteceu pouco depois das 18h. Dois homens teriam passado em frente à
Casa do Mago numa moto e o suspeito que estava na garupa acendeu o artefato e o
arremessou por cima dos muros do imóvel. Em seguida, a dupla fugiu. A ação dos
criminosos foi registrada pelas câmeras do circuito interno do espaço.
Na segunda-feira, por volta das
23h, dois homens atearam fogo na Casa do Mago. Imagens de câmeras de segurança
mostraram um suspeito encapuzado esvaziando um galão com líquido inflamável em
frente ao imóvel, seguido por outro, de boné, que ateia fogo no local e chega a
ser atingido pelas chamas.
Na ocasião, Ubirajara Pinheiro,
de 63 anos, conhecido como Mago, estava sozinho no imóvel. Ele havia realizado,
pouco antes, as últimas consultas do dia. Na ocasião, ele alegou que teria sido
vítima de “intolerância religiosa”.