A comunidade judaica teve de contratar segurança privada para proteger o templo durante as manifestações de extrema-direita.
A polícia da cidade de Charlottesville recusou-se a patrulhar especificamente a sinagoga da comunidade judaica local, apesar das manifestações de supremacistas-brancos durante o fim-de-semana. Por isso, os judeus locais optaram por contratar segurança armada para proteger o tempo e a sua congregação.
O presidente da Congregação Beth Israel na cidade de Charlottesville escreveu no seu blog uma publicação sobre o medo que a comunidade judaica sentiu durante o fim-de-semana enquanto era confrontada por membros de extrema-direita que desfilavam palavras anti-semitas.
Zimmerman explica que a polícia tinha prometido destacar um agente para guardar a sinagoga, mas que a promessa não foi cumprida e que o templo foi deixado sem vigilância e à mercê de um ataque. O responsável refere mesmo que três homens chegaram a armar uma arma semi-automática do outro lado da rua da sinagoga. "Caso eles tentassem entrar, não sei o que poderia ter feito para os travar", escreveu Zimmerman.
O homem afirma ainda que várias paradas Nazis passaram em frente ao edifício, a entoar cânticos anti-semitas e a proferir afirmações como "Sieg Heil" e alguns carregavam inclusivamente bandeiras com suásticas.
O responsável pelo templo escreveu ainda que soube de sites nazis onde se incitava a que queimassem a sinagoga, o que levou os líderes do templo a "removerem as Toras, incluindo um pergaminho do Holocausto".
Tudo isto sucedeu antes de James Fields ter embatido com o seu carro num grupo de manifestantes que protestavam contra a aglomeração de grupos de extrema-direita. Este ataque com o veículo resultou na morte de uma mulher de 32 anos e pelo menos 19 ficaram feridas.
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