Grupo extremista afirma que atentados foram realizados simultaneamente em 'dois grupos' separados. Governo espanhol diz que célula por trás das ações já foi desarticulada.
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) disse em um comunicado neste sábado (19) que os ataques em Barcelona e Cambrils, na Espanha, foram contra "cruzados" e judeus. A declaração foi divulgada pela organização de monitoramento de extremistas Site Intel Group (veja abaixo). Quatorze pessoas morreram e 130 ficaram feridas nos atentados desta quinta-feira (17).
O texto foi enviado pelo aplicativo de mensagens Telegram, segundo a Site Intel Group. A organização extremista cita ainda que os ataques mataram ou feriram 120 pessoas e que "vários jihadistas" realizaram as ações simultaneamente em "dois grupos" separados. O Estado Islâmico já havia reinvindicado a autoria do ataque na quinta.
Quatro pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento nos atentados, três marroquinos e um espanhol. Nenhum deles, porém, era o motorista da van que atropelou uma multidão em La Rambla, em Barcelona. Nesta sexta (18), os investigadores disseram que o suspeito é o marroquino Younes Abouyaaqoub. A polícia acredita que ele ainda está foragido.
Célula desarticulada
Neste sábado, foram realizadas buscas por suspeitos em Girona e Garrigas, no noroeste da Catalunha, mas nada foi encontrado, de acordo com a agência Associated Press. A polícia também anunciou uma série de explosões controladas em Alcanar, ao sul de Barcelona - os investigadores trabalham com a hipótese de que os ataques foram preparados a partir de um imóvel na cidade.