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Primeiro-ministro israelense inicia hoje visita de quatro dias à Hungria

Primeiro-ministro israelense inicia hoje visita de quatro dias à HungriaO primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, inicia hoje em Budapeste uma visita de quatro dias, durante a qual se reunirá com o seu homólogo húngaro, Viktor Orban, e o Presidente, János Áder, informou a agência daquele país, MTI. A visita oficial, a primeira de um chefe do Governo de Israel à Hungria após a queda do comunismo, há quase 30 anos, decorre com várias medidas de segurança. 

De acordo com vários meios de comunicação locais, o aeroporto internacional de Budapeste anunciou que estará completamente encerrado hoje à tarde, quando se espera a aterragem do avião da delegação israelense, mas ainda sem precisar uma hora exata. 

A chegada de Netanyahu a Budapeste ocorre poucos dias depois da polemica desencadeada por uma campanha do primeiro-ministro húngaro contra o magnata norte-americano George Soros, de origem judaica e húngara.

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Orban encheu as ruas da Hungria com cartazes em que se lia "Não deixemos que Soros rir no final", com uma imagem da cara sorridente do homem, que antes de se tornar multimilionário, sobreviveu ao Holocausto na Hungria. A campanha causou a indignação com a Mazsihisz, a maior organização judaica da Hungria, que considerou que os cartazes poderiam "gerar antissemitismo". Também o embaixador de Israel em Budapeste, Yossi Amrani, desconsiderou, através da rede social Facebook, que a campanha "incita ao ódio e cria medo", pelo que pediu às autoridades húngaras para que "ponham fim a este círculo diabólico". 

No entanto, pouco depois, o ministro israelense dos Negócios Estrangeiros publicou, aparentemente a pedido do gabinete do primeiro-ministro, um esclarecimento explicando que, apesar de condenar todo o tipo de antissemitismo, não era intenção do Governo israelense defender Soros, a quem acusa de apoiar "organizações que caluniam Israel". 


Primeiro-ministro israelense inicia hoje visita de quatro dias à HungriaNa quinta-feira passada, as autoridades húngaras anunciaram a retirada dos polêmicos cartazes. Na Hungria, vivem cerca de cem mil judeus, sobreviventes da perseguição nacional-socialista e os seus descendentes, depois de os nazis e os seus colaboradores na Hungria terem deportado e matado, durante a Segunda Guerra Mundial, perto de 400.000 judeus húngaros. 

Quanto à visita de Netanyahu a Budapeste, a informação mantinha-se, hoje, muito limitada: está prevista para esta terça-feira um encontro com Orban, com quem na quarta-feira à noite visitará a sede da Mazsihisz. Tanto a agência húngara, MTI, como outros meios afirmam que o primeiro-ministro israelense participará numa reunião com os seus homólogos com o Grupo de Visegrado (Hungria, Eslováquia, República Checa e Polônia), mas não foi revelada a data exata, nem a da reunião com o Presidente húngaro.

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