Muçulmanos aguardam avaliação de comitê técnico que garanta que as condições de acesso à Cidade Velha de Jerusalém voltem a ser como eram antes de ataque.
O governo de Israel removeu detectores de metais que estavam nos acessos à Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha de Jerusalém, mas as autoridades muçulmanas mantiveram o boicote. O maior controle no acesso, que provocou revolta entre os muçulmanos, começou após um ataque que terminou com policiais israelenses mortos.
Na terça-feira (24), o gabinete ministerial do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, votou a favor de substituir os detectores de metal por meios de segurança menos obstrutivos.
"Não haverá ingressos na mesquita Al-Aqsa na Esplanada até que um comitê técnico do Waqf [entidade que administra os bens muçulmanos em Jerusalém Oriental] avalie a situação e que a situação volte ao que era antes de 14 de julho", afirma a nota, segundo a France Presse.

Após as restrições, os palestinos estavam rezando do lado de fora do local. A tensão aumentou ainda mais depois que a polícia passou a barrar a entrada de homens de origem palestina com menos de 50 anos. Houve confronto e ao menos três palestinos morreram e 50 pessoas ficaram feridas.
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O enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, alertou nesta segunda que era necessária uma solução até sexta-feira (quando acontece a tradicional oração muçulmana) para a crise na mesquita de Al-Aqsa, que ele disse representar um risco de "custos catastróficos bem além dos muros da Cidade Velha".
