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10 anos a mais por mutação genética

10 anos a mais por mutação genética
Yisrael Kristal, o polonês judeu sobrevivente do Holocausto
arquivo- Coisas Judaicas


Esta pessoa que lhes escreve tem 1.91 de altura e está um pouco desolado com a ligação entre altura e longevidade. Parece que, em muitas espécies, como moscas, cães e seres humanos, quanto maior você é, menor sua expectativa de vida. Más notícias para pessoas altas como eu! 

Essa relação é observada na natureza e foi precisamente isso que levou os biólogos a estudarem a origem da correlação entre altura e longevidade. Os cientistas decidiram observar cuidadosamente as moléculas que causam o crescimento do nosso corpo e um dos mais importantes hormônios do crescimento, que é produzido no cérebro e em todo o corpo. 

Esse hormônio se vincula às células, prendendo-se a um tipo de “porta” que as células possuem, chamada receptor de hormônio do crescimento. Isso produz um sinal que faz com que as células cresçam mais rápido. Ao mesmo tempo, as células também liberam outras moléculas sinalizadoras por conta própria, chamadas fatores de crescimento. 

No entanto, aproximadamente 25% dos seres humanos possuem uma mutação genética nos receptores do hormônio de crescimento. Essas pessoas têm uma parte do DNA faltando. Isso não é um problema sério. Os receptores das pessoas que têm essa mutação também funcionam, mas de uma maneira um pouco diferente. Aparentemente, estudos feitos no ano 2000 sugeriram que crianças que apresentavam essa mutação cresciam menos. Haveria uma relação entre essa mutação e a longevidade? 

10 anos a mais por mutação genética
Yisrael Kristal, o polonês judeu sobrevivente do Holocausto, 
que é o homem mais velho do mundo, com 112 anos. 
(Créditos de imagem: Wikipédia).  
Para descobrir a resposta para essa pergunta, uma equipe de pesquisa israelense, chefiada pelo Dr Gil Atzmon (geneticista da Universidade de Haifa) estudou 567 homens da comunidade judaica Askenazi com mais de 60 anos. Os filhos desses homens também foram estudados. Obviamente, o estudo levou alguns anos. O resultado? 12% dos homens desse grupo que passaram dos 100 anos de idade tinham a mutação. Essa proporção foi 3 vezes maior em homens de 70 anos de idade. 

Obviamente, o grupo analisado na pesquisa não foi muito grande, então seriam necessários estudos ainda maiores para comprovações mais precisas, mas este estudo parece indicar que há algo interessante nessa questão. Na verdade, o próprio Atzmon reconhece não saber por que essa mutação promove até 10 anos a mais de longevidade. No entanto, espera-se que o estudo dos genes relacionados possibilite a criação de remédios capazes de imitar seus efeitos num futuro próximo.

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