WASHINGTON - O presidente Donald Trump deve renovar esta semana a dispensa que mantém a embaixada dos Estados Unidos em Tel Aviv, evitando, assim, tomar a contestada medida de transferi-la para Jerusalém, disseram fontes diplomáticas e da gestão do chefe de Estado à CNN. Em sua campanha, Trump repetiu diversas vezes que pretendia tomar tal atitude, defendida pelo governo israelense. No entanto, foi repetidamente alertado de que a mudança violaria a legislação internacional e poderia destruir o processo de paz na região.
Uma autoridade sênior do governo disse nesta quarta-feira que Trump ainda apoia a mudança de endereço da embaixada, mas diante da possibilidade de paz entre palestinos e israelenses, agora pode não ser o melhor momento para desagradar o povo palestino,
A assinatura do documento esta semana poderia prevenir qualquer mudança pelos próximos seis meses. Para garantir a representação americana em Tel Aviv, cada presidente toma essa decisão duas vezes ao anos desde a aprovação, em 1995, de uma lei que determina a transferência para Jerusalém, segundo a CNN.
No entanto, a decisão final ainda não foi tomada, disse uma fonte à emissora, mas a documentação — tanto para manter a embaixada em Tel Aviv como para mudá-la para Jerusalém — foi apresentada ao governo para aval de Trump. Essa mesma fonte afirmou que, mesmo que ele não tome a decisão esta semana, o presidente ainda visa transferir a unidade diplomática em Israel em algum momento.
“(É) algo que o presidente apoia, algo que ele apoiou durante sua campanha, algo que ainda apoia”, disse a fonte. “Se ele assinar a dispensa esta semana, isso não será indício de que ele mudou sua opinião, será apenas uma questão de tempo. Será ‘quando’, não ‘se’”, disse a autoridade, segundo a CNN.
Segundo a autoridade, é preicso reconhecer que as autoridades do governo de Israel estão em Jerusalém e “típica definição de capital é onde o governo é sediado”.