
Boicote tem como causa a protagonista do filme, a atriz israelense Gal Gadot
O governo libanês baniu o filme "Mulher-Maravilha" do país por conta da nacionalidade da atriz principal, Gal Gadot, que é israelense. O Líbano está oficialmente em guerra com Israel e tem uma lei de boicotes contra produtos originários do país judeu, além de barrar cidadãos libaneses de viajar ou ter contato com israelenses.
O ministro da Economia do país assinou a decisão horas antes do lançamento do filme por lá. "Mulher-Maravilha" vinha sendo promovido normalmente com pôsteres e outdoors espalhados pela capital Beirute, e a première estava confirmada até o anúncio da rede de cinemas Grand Cinemas, pelo Twitter.
Essa é a primeira vez em que algum filme de Gadot é banido do Líbano. Tanto a franquia "Velozes e Furiosos" quanto o filme "Batman vs Superman" — ambos estrelados pela atriz — rodaram pelas salas de cinema locais, apesar de o último ter sofrido protestos.
O grupo Campaign to Boycott Supporters of Israel-Lebanon (campanha de boicote aos defensores da relação Israel-Líbano, em tradução) elogiou o ministério e lançou uma campanha contra o filme devido ao fato de Gadot ter servido no Exército de Israel e apoiado as forças israelenses nos confrontos que acontecem na Faixa de Gaza.

— Estou mandando meu amor e orações a todos garotos e garotas que arriscam suas vidas protegendo meu país contra os horríveis ataques feitos pelo Hamas, que estão se escondendo de forma covarde atrás de mulheres e crianças... Nós devemos superá-lo!!! Shabbat Shalom! — publicou a atriz no facebook em 2014.
"Mulher-Maravilha" estreia nesta quinta-feira no Brasil.