
O
ministro da Defesa, Avigdor Liberman, elogiou o Tribunal Superior de Justiça
por uma decisão que permite que lojas de conveniência em Tel Aviv permaneçam
abertas no dia de descanso judaico, mesmo após os membros da coalizão do
governo ultra-ortodoxo prometeram ultrapassar a medida.
A decisão, de
quarta-feira passada, confirmou uma portaria de Tel Aviv, de 2014, permitindo
que as lojas permanecessem abertas, dizendo que protegeriam o caráter
cosmopolita da cidade costeira e, sobretudo, secular.
"Esta é uma lei
municipal que é proporcional, por um lado, permitindo a observância do Shabat
e, por outro lado, permitindo que um grande número de pessoas gaste o seu
Shabat como quiserem", escreveu Liberman em sua página oficial no
Facebook. "Tel Aviv tem um certo caráter que surgiu desde o
estabelecimento do Estado, e não há necessidade de o governo intervir e
danificar o tecido urbano que se desenvolveu", disse ele.
A decisão foi
saudada como uma vitória da cidade e políticos liberais, disseram que era um passo
importante contra a coerção religiosa. No entanto, funcionários ultra-ortodoxos
criticaram a decisão e juraram combatê-la e ultrapassar a corte.
O ministro de
Assuntos Religiosos, David Azoulay, foi o último ministro ultra-ortodoxo a
denunciar a decisão, dizendo à Rádio do Exército que eles "não têm ideia
do valor do Shabat no Estado judeu". "Infelizmente, no Estado judeu,
o Tribunal Supremo brutalmente pisoteou o sábado, e não será perdoado",
disse Azoulay.
Um dia antes, o ministro do Interior e chefe do partido
ultra-ortodoxo Shas, Aryeh Deri, criticou a decisão como uma mudança para o
status quo religioso em Israel, chamando-o de "um sério golpe ao sagrado
Shabat e ao caráter do povo judeu".