
Polícia de Israel diz ter detido seis israelenses por 'agressões terroristas' contra árabes.
Presos são suspeitos de agredir muçulmanos casados com judias.
JERUSALÉM — A polícia de Israel anunciou a prisão de seis israelenses, entre eles dois soldados, acusados de “atos terroristas e racistas” em Beer Sheva, no Sul do país. Os detidos são suspeitos de terem utilizado facas, bastões e barras de ferro para atacar árabes e veículos pertencentes a árabes, informou a agência AFP.
Os suspeitos atuaram com “motivos nacionalistas e racistas com o objetivo de impedir que mulheres judias mantenham relações com os árabes”, informou a polícia em comunicado.
De acordo com as investigações, os suspeitos foram influenciados por um vídeo de inspiração racista difundido pelo movimento de extrema-direita Lehava, que diz querer “salvar as mulheres judias casadas com árabes”.
Em agosto de 2014, militantes do Lehava fizeram um protesto durante um casamento entre um muçulmano e uma judia, nos arredores de Tel Aviv, com gritos racistas, como “morte aos árabes”. Ben-Zion Gopstein, líder do grupo, também cria campanhas contra os cristãos.