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Como mostra o livro do escritor alemão Norman Ohleam , grande parte da força do exército nazista era baseada no uso de droga estimulante (foto: Albumwar2.com |
Recém-lançado, o livro In Der Totale Rausch (ou A Todo Vapor, em tradução
livre), do escritor alemão Norman Ohler, criou uma polêmica envolvendo as
vitórias da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Segundo o texto, os
soldados nazistas de Adolph Hitler eram movidos a drogas. Isso mesmo. Apesar de
não estarem cientes do consumo da crystal meth (uma espécie de metanfetamina),
como mostra a publicação, os militares acreditavam que ao consumir o
comprimido, estavam sendo estimulados assim como a cafeína presente numa xícara
de café.
O escritor mostra que as famosas blitzkriegs (guerras
relâmpago) empreendidas pelos alemães contra a Polônia e a França teriam sido
deflagradas sob a chancela do Pervitin, um psicotrópico que hoje é conhecido
como "speed". Ele foi desenvolvido pela empresa farmacêutica Temmler,
com sede em Berlim, na Alemanha, em 1937, e, após ser analisado e aprovado pelo
médico Otto Ranke, do exército alemão, foi transformado em "instrumento de
batalha" pelos generais de Hitler.
Para chegar a essa conclusão, Norman Ohler analisou dezenas
de documentos do exército alemão e do governo americano relacionados à maior
batalha do século XX. Ele descobriu que esse estimulante do sistema nervoso
central foi reconhecido pela Wehrmacht (forças armadas nazistas) como um aliado
dos soldados, que após o uso, sempre estavam dispostos e "famintos"
por vitórias.