No mês de março, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a Federação Sul Americana de Krav Magá vai realizar, em todo o Brasil, treinamentos gratuitos da defesa pessoal israelense, especialmente voltados para mulheres praticantes ou não dessa modalidade. A ideia é sensibilizar a mulher sobre a importância do combate à violência e mostrar que ela pode ser parte ativa da prevenção desse tipo de problema, crescente no Brasil.
Os treinamentos da Federação Sul Americana de Krav Magá serão destinados a mulheres maiores de 14 anos, independentemente de preparo físico ou de habilidade para artes marciais ou esportes. Para este ano, a Federação espera mais de 10 mil participantes em mais de 90 pontos de treinamento em todo o país. “Nosso objetivo é que as mulheres percebam que elas podem se prevenir contra a violência, mudando a forma com que elas lidam com o medo e com sua autoestima”, afirma o israelense Grão-Mestre Kobi Lichtenstein (faixa-preta – 8º Dan), introdutor do Krav Magá no Brasil e fundador da Federação.
Desenvolvido em Israel, na década de 40, por Imi Lichtenfeld, o Krav Magá não é uma arte marcial e sim a única modalidade reconhecida mundialmente como arte de defesa pessoal. Foi criado para que, a partir do treinamento adequado, qualquer pessoa – independentemente de sua idade, sexo ou forma física – possa se defender de um ou mais agressores, armados ou não, usando técnicas simples e eficazes.
Grão Mestre Kobi explica que, com a violência crescente nas ruas ou mesmo dentro de casa, as mulheres precisam estar preparadas para se proteger e para proteger seus filhos. “O treinamento de Krav Magá dá a essa mulher a condição psicológica e física para que ela vença o medo e seja ativa no combate à violência, nem que seja por meio da denúncia”, afirma ele.