Sob domínio Otamano à época, Israel foi negligenciado e considerado um estado de água parada infestado de malária. Havia uma necessidade real de um plano a longo prazo para mudar este cenário.
Usando doações de gerações de judeus na Diáspora, 240 milhões de árvores foram plantadas em Israel pela JNF nas últimas 11 décadas.
Mas seu foco não era mais simplesmente verdejar o deserto. A JNF ajudou a construir 180 represas e reservas de água e criou aproximadamente 1000 parques, alguns com trilhas de hiking ao redor da água.
Em uma recente conferência de tecnologia de água, WATEC, a JNF mostrou sua expertise and conhecimento em água para países em condições similares a de Israel.
Ao lidar com desertificação e escassez de água nas últimas décadas, a JNF adquiriu ampla experiência em saber para onde a chuva flui, quais árvores podem suportar a tensão da água e como fazer uma terra não-arável mais adequada para pessoas e agricultura.
Como diálise para cidades
Elisha Mizrahi, diretor regional da JNF em Israel, contou ao portal ISRAEL21c que a WATEC permitiu mostrar o que a JNF pode fazer a fim de aumentar a disponibilidade de água para pessoas na periferia.
Recuperação de terra para cidades, parques e paisagismo é uma estretégia chave.
Certa vez, a terra pantanosa ao norte de Israel foi drenada para livrar Israel de mosquitos transmissores de malária. Recentemente, ecologistas ajudaram a persuadir autoridades a re-inundar o pântano, já que isto propicia um ecossistema especial para a vida selvagem e também serve de refúgio para milhões de pássaros migratórios.
“Em parceria com os fazendeiros, nós re-inundamos o Hula Valley. A JNF ficou com a carga de financiar o projeto”, disse Mizrahi.
Até mesmo animais que pensavam estar extintos surgiram novamente, fazendo o projeto ambiental de Hula de Israel um modelo de sucesso a ser seguido por países e regiões com aspirações similares.
A JNF também tem sido fundamental em adicionar uma camada de escoamento de água natural para ecossistemas da cidade. Pode-se chamar de diálise para aquíferos da cidade.
A cidade israelense de Kfar Saba, por exemplo, sedia um piloto holístico baseado em um biofiltro de água onde “águas de inverno que fluem pela cidade foram canalizadas para o mar,” diz Mizrahi. Agora esta água está sendo coletada, tratada e filtrada, com parte dela indo de volta para o aquífero e parte para o paisagismo local.
Uma ponte de água entre nações
Enquanto a experiência de Israel ainda não é aplicada em países vizinhos com os quais não possui relações diplomáticas – como o Iraque e seus pântanos devastados – “pessoas estão vindo de todos os cantos do planeta para ver o que pode ser feito em áreas muito abertas com recuperação da água”, diz Mizrahi. “Nós temos experiência e eles querem nossa ajuda e experiência.” Israel, ele diz, oferece tal expertise gratuitamente.
“Nós estamos conversando com a África para ajudar a recuperar seu deserto. Estamos exportando nosso conhecimento sem nenhum custo. É importante mostrar para outros países que isso pode ser feito. Nós estamos criando pontes”, disse Mizrahi.
“É difícil apontar apenas uma abordagem ou tecnologia específica que Israel usa para água e recuperação de terras. Há muitas abordagens bem sucedidas. Entre nossas áreas de expertise está como preparar a terra, como capturar e utilizar escoamento de água e quais espécies introduzir em cada área para criar uma floresta”, finalizou.