O acordo prevê que 6 mil operários chineses cheguem a Israel nos seis meses a seguir à sua assinatura formal, prevista para o final de fevereiro, anunciaram os ministérios do Interior e das Finanças israelenses através de um comunicado conjunto, divulgado pela agência France-Presse.
Uma delegação israelita e o Ministério do Comércio chinês acabam de assinar uma proposta de acordo na China, acrescenta o documento.
O texto cita o ministro das Finanças israelense, Moshe Kahlon, segundo o qual a chegada dos operários chineses irá "energizar os esforços para resolver a crise da habitação".
Os custos da habitação em Israel têm vindo a subir de forma acentuada desde 2008, de acordo com dados do Banco de Israel, impactando fortemente na subida dos custos de vida, o que tem vindo a motivar várias manifestações no país desde 2011.
Kahlon, cujo partido, Kulanu, fez campanha para as legislativas de 2015 com o compromisso de baixar os custos de vida, ficou exposto em agosto último às críticas da população israelita por um relatório do Governo que mostrou que os preços da habitação estão a crescer à taxa de 8% ao ano.
Quase 9 mil trabalhadores estrangeiros da construção civil trabalham atualmente em Israel, todos eles provenientes de países do leste da Europa e metade dos quais ao abrigo de acordos bilaterais, sublinha o Ministério do Interior israelita.
O ministério acrescenta que estes acordos têm permitido salvaguardar os direitos dos trabalhadores e têm mitigado a necessidade do recurso a empresas de recursos humanos, que cobram preços elevados e exploram os trabalhadores migrantes.