Bandeira de Israel é vista em Jerusalém no dia 14 de novembro de 2016. Foto: Thomas Coex/AFP Photo |
Jerusalém - O Parlamento israelense aprovou nesta quarta-feira, em primeiro turno, o polêmico projeto de lei que permitirá legalizar cerca de 4 mil residências de judeus em terras na Cisjordânia.
O projeto, apoiado pelo governo de Benjamin Netanyahu, foi aprovado por 57 votos a 51.
O texto deverá ser aprovado em mais dois turnos para se transformar em lei.
O projeto é fruto de um compromisso entre Netanyahu e seu ministro da Educação, Naftali Bennett, líder do partido nacionalista religioso Lar Judeu, um fervente partidário da colonização.
Bennett tem qualificado o projeto como o "primeiro passo para uma soberania israelense na Judeia-Samaria" (nome empregado pelas autoridades israelenses para designar a Cisjordânia), em referência à anexação parcial desta região ocupada por Israel há cerca de meio século.
Se for aprovado, o texto legalizará cerca de 4 mil residências disseminadas em 55 colônias "salvagens", segundo a organização israelense "Paz Agora".
Na terça-feira, o departamento americano de Estado reafirmou sua preocupação com a iniciativa "profundamente nociva" de Israel de legalizar as 4 mil residências de colonos.
"Aprovar esta lei será profundamente nocivo na perspectiva de uma solução de dois estados" - israelense e palestino - disse Mark Toner, porta-voz do departamento de Estado.
"Também estamos preocupados por comentários que escutamos de algumas figuras políticas em Israel de que isto seria o primeiro passo para a anexação de partes da Cisjordânia".
"Estamos profundamente preocupados com isto", declarou Toner.