
“Este ano foi uma catástrofe”, avaliou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo a historiadora Maria Luiza Tucci Carneiro, idealizadora e coordenadora do projeto. A equipe, que já chegou a ter 12 pesquisadores, foi reduzida a cinco bolsistas e três voluntários. Três bolsistas são bancados pela Conib e B’nai B’rith.
“Desde março, fomos obrigados a interromper as gravações dos depoimentos”, afirma Tucci. O Arquivo possui 242 longas entrevistas de quem sobreviveu ao Holocausto e se estabeleceu no Brasil.
Entre os 14 mil documentos, muitos classificados como secretos pelo Itamaraty, a historiadora contabilizou todos os relatos de diplomatas brasileiros que indeferiram pedidos de visto para judeus. Foram 16.800 vistos negados.
O acervo está disponível em http://www.arqshoah.com.
Segundo Tucci, o orçamento mínimo necessário para que o Arqshoah siga em funcionamento: R$ 54 mil por mês.
“Com os testemunhos, consigo reconstituir as informações históricas com uma carga emocional, humana”, disse. “Com os 14 mil documentos, tenho a versão fria, oficial. Agora é hora de cruzar esses dois pontos”.
Leia a reportagem de O Estado de S. Paulo.
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