
Durante o percurso de quase 2.500km de estrada e seis línguas diferentes, ela conversou com os mais diversos personagens: tecelã, artista plástico, ciganos, filósofo, historiador, cientista político, jornalista e diplomata. Foram 18 dias de muitas histórias. Na Romênia, o documentário aborda temas como os vestígios da colonização romana no começo da era cristã; a superposição de culturas, com saxões e húngaros na Transilvânia; os ciganos e sua música; os artesãos e homens do campo. “Apresentamos uma Romênia que se aproxima em muitos aspectos do Brasil, seja na corrupção, seja no caos estético das fachadas dos prédios, seja na preponderância do automóvel particular sobre o transporte coletivo. A Romênia, assim como o Brasil, viveu a escravidão. Ambos são frutos de projetos nacionais da elite que passaram por ditaduras traumáticas”.
O documentário mostra ainda a região da Transnístria, local que dificilmente permite filmagens de estrangeiros. Pela relação de Leila com o lugar – sua avó paterna morreu lá – ela conseguiu entrar com sua equipe. Tecnicamente, a Transnístria é um país que não existe, pois se declarou independente em 1990, mas não é reconhecido pela comunidade internacional.
Fonte: Conib.