Duterte disse na sexta-feira que "gostaria massacrar" os três milhões de drogados que há no país, tal como o líder nazista fez com milhões de judeus, para "salvar a próxima geração da perdição".
"Jamais houve a intenção de minha parte de denegrir a memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos alemães", disse o líder na inauguração de um festival em Negros Ocidental, no centro do arquipélago.
"Peço desculpas profundas à comunidade judaica", acrescentou Duterte, segundo a televisão "GMA".
A comparação feita por Duterte provocou a apresentação de um protesto formal da Alemanha perante a embaixada filipina em Berlim, a rejeição da ONU e críticas dos Estados Unidos, que qualificaram suas palavras de "profundamente perturbadoras".
Duterte defende como necessária a campanha que iniciou em junho para acabar com o tráfico de drogas no país, que segundo números oficiais deixou mais de 3,5 mil mortos, apesar das críticas da ONU, dos EUA, da União Europeia e de organizações de defesa dos direitos humanos.
O líder ganhou com folga as eleições com a promessa de acabar com o narcotráfico nos primeiros seis meses de mandato, e desde então pediu em várias ocasiões à polícia e aos cidadãos que matem narcotraficantes e consumidores de drogas.