A ministra de Esporte de Israel, Miri Reguev, qualificou de "racistas" e "antissemitas" os atletas libaneses por rejeitar viajar no mesmo ônibus que seus colegas israelenses em um incidente ocorrido antes da inauguração dos Jogos do Rio de Janeiro 2016.
De acordo com as informações publicadas na imprensa israelense, na sexta-feira passada os atletas libaneses impediram e bloquearam a delegação israelense de entrar no mesmo ônibus que lhes levava à cerimônia de inauguração dos Jogos, segundo contou em uma rede social um técnico israelense testemunha dos fatos.
"O motorista do ônibus abriu a porta, mas o representante da delegação libanesa bloqueou a entrada. Os organizadores queriam evitar um incidente internacional e físico e nos enviaram outro ônibus", acrescentou o técnico, que tachou o fato de "vergonhoso".
Por causa do fato, Reguev exortou o Comitê Olímpico Internacional a condenar a conduta da delegação libanesa.
"Estou enfurecida com o incidente. Trata-se pura e ingenuamente de antissemitismo, o pior tipo de racismo", declarou hoje a ministra à rádio pública israelense.
"O Comitê Olímpico (Internacional), que defende a separação da política e do esporte, deve condenar isto de maneira veemente e trabalhar para garantir que comportamentos semelhantes não voltem a se repetir", acrescentou.
Até o momento, não houve uma resposta oficial sobre o ocorrido pelas delegações dos dois países envolvidos, como também por parte do Comitê Olímpico Internacional.
Reguev disse que elevará a questão em um encontro com representantes dos países participantes da Rio 2016 na manhã do domingo, "com a intenção de obter uma condenação oficial".
O chefe da delegação do Líbano nos Jogos, Salim Hajj Nacula, afirmou que "os israelenses estavam procurando problema", e defendeu que tinha direito de impedir que os atletas de outro país subissem em um ônibus reservado para eles.
Nacula reconheceu que disse para o motorista do veículo que fechasse a porta.