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Vivemos ou existimos?

Vivemos ou existimos?
Nós, enquanto adultos, podemos escolher como levar nossa vida. Há um versículo na quinto livro da Torá, em que D’us nos diz que Ele está colocando dois caminhos diante de nós – a vida e o oposto da vida – e Ele nos ordena escolher a vida. 
Nossos Sábios perguntam: que tipo de escolha é essa? Quem optaria pelo oposto da vida? E respondem que, de fato, muitas pessoas optam por não viver – escolhem simplesmente existir.
Talmud ensina que aquele que é mau, mesmo enquanto ainda está na Terra, é chamado de morto, ao passo que o justo, mesmo após deixar este mundo, é chamado de vivo. O Talmud explica que a verdadeira vida não é medida por quanto tempo passamos na Terra, mas pelo impacto positivo que causamos. Um justo deixa um impacto incomensurável e eterno, mesmo depois de não estar mais entre nós. Aqueles que optam pela vida são aqueles que infundem energia positiva nos demais. Aqueles que optam pelo oposto de vida são aqueles que sugam a energia dos outros. Eles não impactam as pessoas de forma positiva, não geram energia. Vivem apenas para si mesmos, geralmente levando uma vida egoísta e arrogante e se tornam um peso para quem os cerca. Eles não compartilham nada com ninguém e, como só se preocupam consigo mesmos , ninguém mais lhes importa, a menos que possam levar alguma vantagem. São muitos os que vivem assim, mas na realidade não estão realmente vivendo, eles apenas existem.
Viver, de verdade, significa diminuir a matéria e gerar energia. Significa abrir espaço ao “outro”. Significa não se importar tanto consigo mesmo, mas sim com o bem-estar dos demais. As histórias de amor geralmente terminam com as palavras: “E eles viveram felizes para sempre”. É importante observar as palavras: diz-se que eles “viveram”, não que “existiram” felizes para sempre.
Para ser feliz a pessoa precisa estar viva e, para estar viva, não pode preocupar-se apenas consigo própria. Quando a Torá descreve o casamento como uma união entre homem e mulher que se tornam uma só carne, está nos dizendo qual o segredo de um casamento feliz: somente quando um homem e uma mulher se tornam verdadeiramente um, eles podem viver felizes para sempre. 

A Cabalá ensina que o casamento é a fusão de duas almas. Esta visão poética de duas almas que se reúnem e se fundem sob aChupá é, sem dúvida, uma inspiração. Mas é importante observar que é mais fácil a fusão de duas almas do que de dois corpos, pois o ser humano é, por natureza, egoísta. Cada pessoa tem suas necessidades, seus desejos, suas preferências e suas antipatias. Viver com alguém – não em um mundo imaginário, mas no mundo real – geralmente requer algum sacrifício. Em geral temos que fazer coisas que não queremos e abandonar coisas que gostamos de fazer. É preciso deixar de lado nosso ego – e isto, para muitos, é o mais difícil de fazer. O Tzemach Tzedek, o terceiro Rebe de Lubavitch, ensinava: “As crianças são felizes e os adultos, infelizes, porque as crianças preferem ser felizes a estar certas, ao passo que os adultos preferem estar certos a estarem felizes”. É por isso que muitos casais carecem de paz e felicidade, pois cada cônjuge quer estar com a razão o tempo todo.

Vale a pena ouvir o conselho do famoso rabino e psiquiatra norte-americano, o Rabi Dr. Abraham J. Twerski: “Se você está certo o tempo todo e seu cônjuge está errado o tempo todo, significa que você está casado com um perdedor. E quem quer estar casado com um perdedor?”.


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