O assassinato de Qandeel Baloch, de 26 anos, considerada a primeira mulher a se tornar uma celebridade das mídias sociais no Paquistão por seus vídeos de contestação aos costumes locais, repercutiu no país e no mundo, neste fim semana.
A morte, praticada pelo irmão da vítima, que foi preso, chocou o país. No entanto, Muhammad Waseem diz que não se arrepende do que fez. As informações são do “Daily Mirror”.
Muhammad Waseem contou à polícia que foi um “crime de honra”. Ele usou um tablet para atrair a atenção da irmã, então, a dominou e estrangulou.
Baloch, cujo nome verdadeiro era Fauzia Azeem, ganhou fama por suas mensagens do Facebook com a intenção de quebrar tabus sociais. As mensagens eram condenadas pelos conservadores.
Azhar Ikram, chefe de polícia de Multan, onde Baloch foi morta, contou que mais de 500 pessoas - quase todas as mulheres - morrem no Paquistão a cada ano em crimes semelhantes, geralmente praticados por membros da família para puni-las por “trazer vergonha para a comunidade”.
Após a morte de Baloch, centenas de paquistaneses pediram uma revisão de uma lei, que abre uma brecha na punicão e permite que os membros da família perdoem os assassinos.